Prohexadiona cálcica no desenvolvimento de mudas e plantas de tomateiro

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Teixeira, Fabrício Palla
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Fenologia; Fisiologia vegetal; Reguladores vegetais; Solanum lycopersicum L.; Phenology; Plant physiology; Plant growth regulator
• Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/194370

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes concentrações de prohexadiona cálcica – (ProCa) no controle do crescimento de mudas de tomateiro, e seus possíveis efeitos nas plantas, após o transplante e na produção e qualidade de frutos. O trabalho foi dividido em dois capítulos. O capítulo I teve o objetivo de investigar as respostas das mudas de tomateiro tratadas com diferentes concentrações de ProCa. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por cinco tratamentos: 0, 50, 100, 200 e 400 mg de ProCa L-¹, com quatro repetições de 30 mudas cada. Os tratamentos foram aplicados com pulverizador manual de CO2, quando as mudas completaram 20 dias após a semeadura. Dez dias após a aplicação dos tratamentos foram avaliados: comprimento do caule, número de folhas, comprimento e largura de folhas, índice SPAD, trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e análises bioquímicas, relacionadas ao estresse oxidatívo. Pelos resultados obtidos neste capítulo foi possível concluir que as concentrações de ProCa inibiram o crescimento das mudas, não comprometendo seu aparato fotossintético. As mudas tratadas com ProCa apresentaram maiores taxas de peroxidação lipídica e de atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e peroxidase. Entretanto, a ativação do sistema antioxidante contribuiu para que as mudas se desenvolvessem satisfatoriamente. No capítulo II, o experimento foi dividido em duas etapas. Na primeira, o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, composto por cinco tratamentos: 0, 50, 100, 200 e 400 mg de ProCa L-¹, com quatro repetições de 30 mudas cada. Os tratamentos foram aplicados com pulverizador manual de CO2 quando as mudas completaram 20 dias após a semeadura. Dez dias após a aplicação dos tratamentos, foram avaliados: altura da parte aérea, diâmetro do caule, massa fresca e seca da parte aérea e de raiz. Para a etapa II, as concentrações de 200 e 400 mg de ProCa foram selecionadas por proporcionarem maior redução no crescimento das mudas e, juntamente com uma testemunha, foram transplantadas para o campo. O arranjo experimental foi em blocos casualizados, com total de 120 plantas avaliadas, onde se avaliou em períodos diferentes: a altura das plantas, o número de folhas, o diâmetro do coleto e os dias até a antese. Também foram realizadas avaliações de fluorescência da clorofila a, trocas gasosas, análises bioquímicas de estresse oxidatívo, de produção e de qualidade de frutos. Para a etapa I foi possível observar que as concentrações de ProCa reduziram o crescimento das mudas de tomateiro, não afetando apenas o comprimento de raiz. Na etapa II, as concentrações de ProCa não influenciaram as variáveis de crescimento e os dias até a antese das plantas. Também não houve efeito significativo nos parâmetros fisiológicos de fluorescência da clorofila a e de trocas gasosas. Entretanto, após o transplante, as plantas em campo passaram por estresse. Todavia, a produção e os aspectos de qualidade investigados não foram afetados pelo regulador vegetal. Pelos resultados deste trabalho, é possível concluir que o ProCa é um eficiente regulador vegetal no controle do crescimento das mudas, com baixa pecistencia nas plantas, não comprometendo a fenologia das plantas após o transplante, a produção e a qualidade dos frutos, podendo ser uma alternativa viável para viveiristas e produtores.