Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Fernanda Moreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180308
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Resumo: |
Introdução: O controle da infecção no ambiente de terapia intensiva por patógenos hospitalares, frequentemente, inclui a utilização de vancomicina. Ressalta-se que profundas alterações ocorrem na farmacocinética dos antimicrobianos prescritos aos pacientes criticamente doentes e que os diferentes métodos dialíticos podem removê-los parcial ou totalmente. Objetivo: Avaliar a redução do antimicrobiano vancomicina por diferentes métodos de diálise em pacientes com lesão renal aguda (LRA) associada à sepse e identificar as variáveis associadas a concentrações terapêuticas. Metodologia: Estudo transversal que avaliou pacientes sépticos com LRA em hemodiálise convencional intermitente (HDI) ou hemodiálise prolongada (HDP) e em tratamento com vancomicina internados em Unidade de Terapia Intensivas (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. Foram colhidas amostras seriadas de sangue no início da terapia dialítica, após 2 e 4 horas do tratamento e ao final da terapia. A concentração sérica de vancomicina foi aferida por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) ou por Imunoensaio enzimático homogêneo (Enzyme Multiplied Immunoassay Technique - EMIT). A partir desses dados foi realizado avaliação farmacocinética e Modelagem PK/PD. Resultados: De março de 2015 a agosto de 2017 foram incluídos 27 pacientes tratados por HDI, 17 por HDP 6h e 11 por HDP 10h. O volume de distribuição, assim como o tempo de meia vida e clearence dialítico da vancomicina foram maiores nos grupos HDP 6h e HDP 10h (p<0,001). A redução da vancomicina após 2 horas de terapia foi de 26,65% (±12,64) e ao fim da diálise foi de 45,78 (±12,79), maior no grupo HDP 10h, 57,70% (40,48-64,30), p=0,037. A razão da área sob a curva pela concentração inibitória mínima (ASC/CIM) em 24h no grupo HDP 10h apresentou menores valores, com diferença significativa (p=0,047). Na regressão logística, as variáveis Clearence dialítico da vancomicina (OR=0,0184, p=0,027), hemodiálise prolongada (OR=0,00386, p=0,025) e vancocinemia no início da terapia (T0) (OR=1,96, p=0,006) foram associadas a concentração terapêutica no fim da diálise. A ASC/CIM 24h, melhor parâmetro de eficácia da vancomicina, foi analisado em 41 pacientes, e na regressão logística a hemodiálise prolongada foi fator de risco para ASC/CIM menor que 400 (OR=11,59, p=0,033), enquanto que maior concentração sérica de vancomicina no T0 foi fator protetor para ASC/CIM menor que 400 (OR=0,791, p=0,009). Na análise dos pacientes em relação a concentrações de vancomicina consideradas nefrotóxicas, no fim da terapia apenas 14 (25,45%) pacientes apresentavam vancocinemia maior que 20mg/dl, o único fator de risco identificado na regressão logística foi a maior concentração sérica de vancomicina no início da diálise (OR=1,725, p=0,027). Conclusão: Estes resultados mostram alta prevalência de pacientes com concentração subterapêutica de vancomicina durante e no final da diálise, o que pode estar relacionado a um maior risco de resistência bacteriana e mortalidade, além de apontar para a necessidade de doses adicionais de vancomicina durante a terapia dialítica, principalmente em pacientes em hemodiálise prolongada. |