Das vistas da cidade do Recife e Arrabaldes: visualidades da modernização nas paisagens urbanas das litografias de Luís Schlappriz (1863-1865).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mendes, Luciana Cavalcanti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255028
Resumo: A presente pesquisa propõe traçar um cruzamento entre as 32 vistas da paisagem urbana do século XIX produzidas pelo litogravurista suíço Luís Schlappriz - que compuseram o livro O Álbum de Luís Schlappriz: Memória de Pernambuco - Álbum para os Amigos das Artes de 1863 - e o mote da modernização do Recife e arrabaldes, contribuindo dessa maneira com parte das discussões para o campo da interpretação do Brasil via fontes visuais sobre cidades. Compõe-se também nessa articulação o colecionador e primeiro divulgador da produção da fotografia no Brasil, Gilberto Ferrez, como promotor presente ao redor dessa produção vinculada também à imprensa e a Schlappriz, mesmo sem tê-lo conhecido diretamente. Os sujeitos visíveis, como os invisibilizados, também seus costumes e os espaços de sociabilidade, os quais o artista suíço representa nas imagens, servem como elementos à compreensão para o que pode ser considerado como constitutivo da noção das visualidades da modernização da cidade do Recife. Faz-se também necessário entender a coexistência dessas litogravuras com a fotografia, para então demonstrá-las sob o conceito de mercadoria, já que a proposta era divulgar a estampa da cidade dessa parte do Brasil como celeiro pitoresco para vindas além-mar. Outros construtores de vistas, como os engenheiros Louis-Léger Vauthier e José Mamede, edificadores de marcos arquitetônicos na cidade recifense, foram também operadores dessa proposta de vincular paisagem urbana à modernização.