As mulheres do Acampamento Terra Cabana na luta paraense pela reforma agrária popular na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Teixeira, Eliene Brito [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MST
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257662
Resumo: A luta feminista no Brasil ganhou força significativa durante a década de 1970, um período de repressão política da ditadura civil-militar (1964-1985). As mulheres enfrentaram restrições políticas e sociais, além de desafios específicos relacionados a gênero, raça e classe, contribuindo para um feminismo que entende a importância da luta interseccional. Este contexto histórico e social é crucial para compreender o papel das mulheres negras na luta pela reforma agrária, especialmente no Acampamento Terra Cabana. A dissertação analisar o protagonismo das mulheres negras acampadas no Acampamento Terra Cabana e sua contribuição para a luta pela Reforma Agrária Popular na Amazônia Paraense. O objetivo principal é investigar as dimensões pedagógicas da mística no processo de reprodução do espaço de luta das mulheres negras Sem Terra, especialmente na luta política e afirmação da terra. Os objetivos específicos incluem: a) Investigar a luta pela Reforma Agrária Popular na Amazônia, com ênfase no histórico do MST e nos processos organizativos e educativos do Acampamento Terra Cabana; b) Identificar as trajetórias e práticas sociais das mulheres negras no Acampamento Terra Cabana, explorando suas formas de resistência e a relação com a mística camponesa; c) Discutir o papel das mulheres negras na luta pela terra, destacando a mística como dimensão pedagógica e sua contribuição ao feminismo camponês e popular. A metodologia utilizada envolve pesquisa documental, entrevistas e observação participante. Os resultados destacam a centralidade das mulheres na organização e resistência do acampamento, evidenciando a mística como uma ferramenta crucial para a conscientização e mobilização. A luta das mulheres do MST no Acampamento Terra Cabana é um exemplo de feminismo radical e inclusivo, enfrentando desafios únicos, como a violência de grileiros e a marginalização das comunidades indígenas. A resistência das mulheres é essencial para a construção de um movimento inclusivo e emancipatório, integrando a luta por justiça social, econômica e ambiental.