O sistema imune de Spodopera frugiperda influencia a sua suscetibilidade de mistura de produtos químicos e biológicos?
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/256010 https://lattes.cnpq.br/6061860270412742 https://orcid.org/0000-0001-6069-3177 |
Resumo: | A mistura de inseticidas químicos e biológicos em tanque é uma prática amplamente utilizada pelos produtores, devido a economia de recursos no momento da aplicação. Atualmente é uma prática permitida por lei no Brasil, pouco de sabe sobre as possíveis interações quando atingem o alvo, bem como a influência das misturas sobre o sistema imune diante de uma infecção. Assim o objetivo do trabalho foi avaliar a interação de misturas de inseticidas/bioinseticidas recomendados para Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae)/Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) avaliar o controle bem como a modulação do sistema imune de S. frugiperda diante das aplicações. Para tanto, foram utilizados três bioinseticidas e um inseticida químico, dois recomendados para o controle de D. maidis (Beauveria bassiana e Cordyceps fumosorosea), dois para o controle de S. frugiperda, com o vírus entomopatogênico SfMNPV e o inseticida químico Clorfenapir, inicialmente de maneira inicial, os tratamentos foram aplicados isoladamente para avaliar a suscetibilidade de uma população de S. frugiperda. Nesse primeiro experimento foi utilizada a recomendada a campo para o controle de S. frugiperda ou D. maidis, levando em consideração um volume de calda de 80 L/ha. Após os resultados obtidos, foi realizado um experimento para estimar a Concentração letal para matar 50% da população (CL50), utilizando com os tratamentos que apresentaram alta mortalidade no ensaio inicial, com o resultado de estimativa de CL50 foi realizado o ensaio de interações, nesse ensaio foi realizado com a mistura dos inseticidas citados anteriormente. Com a lagartas sobreviventes de cada tratamento foram conduzidos os estudos relacionados a sistema imune do inseto, como a atividade de tripsinas digestivas, atividade de lisozima da hemolinfa, e também análises relacionadas a hemócitos, como contagem total, viabilidade, adesão e encapsulamento. Com relação aos resultados, o ensaio inicial (teste de suscetibilidade), os tratamentos com Clorfenapir, C. fumosorosea e SfMNPV, apresentaram uma mortalidade superior a 80%, esses tratamentos foram conduzidos para o ensaio de estimativa de CL50, que se obteve os valores de 1.8x106 conídios/ml para C. fumosorosea , 4,47 mg/l para Clorfenapir e 3.6x107 corpos de oclusão para SfMNPV . Nos ensaios de efeito de compatibilidade, a mistura de Clorfenapir + B. bassiana apresentou uma interação sinérgica. Por outro lado, lagartas de S. frugiperda expostas a CL50 de Clorfenapir + CL50 de SfMNPV, apresentaram uma interação aditiva na dose testada. O mesmo SfMNPV quando misturado com C. fumosorosea apresentou interação antagônica. Em relação ao sistema imune, o SfMNPV foi o tratamento que provocou maiores alterações no sistema imune, principalmente a atividade de lisozima na hemolinfa das lagartas. Diante do exposto o sistema imune pode ser utilizado para a avaliar a interação em inseticidas (químico/biológico), em diferentes níveis, outro ponto importante, para trabalhos futuros é investigar qual a interação de diferentes misturas, qual a influência que o inseticida (que não é recomendado para aquele alvo) tem de forma isolada e em combinação com outros produtos. |