Comparação do uso do tubo traqueal com balonete preenchido com ar ou lidocaína alcalinizada, associado ou não à dexametasona intravenosa, em pacientes pediátricos submetidos à tonsilectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Morenna Ramos e [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191528
Resumo: Introdução: Odinofagia pós-operatória (OPO) é uma das principais queixas dos pacientes submetidos a cirurgias de garganta e reduz consideravelmente a qualidade do período pós-operatório. Assim, diferentes estratégias têm sido empregadas na tentativa de atenuar a dor pós-operatória, incluindo a administração intravenosa (IV) de corticosteroides, infiltração do sítio cirúrgico com anestésico local e diferentes técnicas cirúrgicas. Objetivos: Determinar se os balonetes dos tubos traqueais (TTs) preenchidos com lidocaína alcalinizada estão relacionados com uma menor incidência de OPO e de alterações hemodinâmicas pós-extubação em crianças submetidas à tonsilectomia ou adenotonsilectomia. Além disso, objetivou-se avaliar os benefícios adicionais da associação de dexametasona IV em reduzir morbidade laringotraqueal. Metodologia: A população incluída neste estudo prospectivo, randomizado e controlado foi de crianças de 4 a 12 anos de idade, estado físico ASA 1 e 2, submetidas à anestesia geral para tonsilectomia ou adenotonsilectomia eletiva. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa e consentimento por escrito pelos pais ou responsáveis legais pelas crianças, foi feita randomização e alocação de 154 pacientes em um dos 4 grupos (G); G1: balonetes dos TTs preenchidos com ar (n=39); G2: balonetes dos TTs preenchidos com ar e administração de dexametasona IV (n=39); G3: balonetes dos TTs preenchidos com lidocaína alcalinizada (n=38) e G4: balonetes dos TTs preenchidos com lidocaína alcalinizada e administração de dexametasona IV (n=38). Os parâmetros hemodinâmicos dos pacientes foram registrados durante a cirurgia e 5min antes e após extubação. Foi avaliada a incidência de náuseas e vômitos, tosse e rouquidão no período pós-operatório. Odinofagia foi avaliada na Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA) e 24h após a cirurgia. Resultados: Não houve diferença entre os grupos com relação às variáveis hemodinâmicas na emergência da anestesia. Além disso, não houve diferença com relação a náuseas, vômitos, tosse e rouquidão nos períodos avaliados. Por outro lado, a incidência de OPO 24h após extubação foi significativamente menor nos grupos G3 e G4 (p = 0,03), aqueles cujos balonetes dos TTs foram insuflados com lidocaína alcalinizada. Entretanto, não foi observada redução significativa de OPO quando esses dois grupos foram comparados com relação à administração de dexametasona IV. Nenhum efeito adverso foi observado nos pacientes analisados. Conclusão: O preenchimento do balonete dos TTs com lidocaína alcalinizada, associado ou não à dexametasona IV, é efetivo em reduzir OPO 24h após tonsilectomia ou adenotonsilectomia em crianças.