Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Paulo Silvino [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/98980
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Resumo: |
O presente trabalho é um estudo sobre as relações e contribuições do pensamento médico (do último quartel do século XIX) para com o processo de institucionalização das Ciências Sociais no Brasil. Mais especificamente, o objeto de estudo se define não apenas pela tentativa de reiterar o papel de um grupo específico de intelectuais na construção de um pensamento social brasileiro, mas vai além, pois, mantendo-se nessa mesma temática, busca-se aqui trazer à tona uma reflexão sobre o trabalho intelectual – que em grande parte, revela-se também político – de um dos nomes mais importantes da história da psiquiatria e do alienismo brasileiro, Dr. Francisco Franco da Rocha. O que se levanta como hipótese é a existência de uma peculiar análise social elaborada na esteira do desenvolvimento da medicina psiquiátrica no Brasil, mais especificamente empreendida por este médico paulista. Para tanto, a metodologia adotada pautou-se pelo cotejamento da obra de Franco da Rocha com a de outros médicos numa esfera de discussão na qual se incluem nomes que vão de Nina Rodrigues, passando por Arthur Ramos e Afrânio Peixoto, até Manoel Bonfim, tendo-se como pano de fundo um contexto histórico e intelectual permeado por prescrições médicas acerca da construção de uma identidade nacional. Ao final, conclui-se haver uma originalidade na fala de Franco da Rocha o qual, ao esboçar sua explicação da etiologia social da loucura, faz uso de um senso crítico quanto aos contornos da estrutura social que vê, fato que se comprova na multilateralidade de seus temas. Se por um lado não descartava a teoria da degenerescência nem da eugenia, por outro não reproduziu as mais pessimistas opiniões sobre a miscigenação racial e a presença do negro na constituição do caráter nacional, servindo como uma ponte entre as alternativas de explicação do Brasil empreendidas por outros médicos |