Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Victor Galvão dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250085
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Resumo: |
Na busca por técnicas para reduzir a poluição ambiental, bem como de novas matérias-primas a serem utilizadas, torna-se cada vez mais comum a realização de pesquisas e estudos para aproveitamento de resíduos gerados pelas indústrias. A termorretificação da madeira produz, por suas características, um líquido residual contendo frações de matéria vegetal, oriundas da degradação parcial da madeira. Desse modo, o presente trabalho buscou avaliar o aproveitamento do líquido residual da termorretificação de madeira da espécie Acrocarpus fraxinifolius (Cedro Indiano) como biofertilizante. Foram realizados análise de macro e micronutrientes, ensaios de germinação, com sementes de milho (Zea mays), além disso, efetuaram-se testes de toxicidade, aguda (com Daphnia magna) e crônica (com Desmodesmus subspicatus), de modo a avaliar possíveis efeitos danosos do líquido residual, partindo posteriormente para a Avaliação e Identificação de Toxicidade (AIT). Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados, aplicando-se tratamentos com concentrações de 0 (tratamento de controle); 1; 2; 3; 4 e 5 mL (ensaio de germinação). A análise química indicou teores satisfatórios de Ca, Mg, Cu, Fe, Mn, Zn e K, no que diz respeito à aplicação como biofertilizante. Durante o ensaio de germinação, as sementes que receberam doses do líquido residual não apresentaram desenvolvimento, ou seja, somente as sementes que foram irrigadas com água germinaram. Assim, os testes de toxicidade tiveram o objetivo de avaliar se o líquido é tóxico. O teste de toxicidade aguda indicou um fator de toxicidade (FT) >16 (unidade de medida que expressa quantas vezes a toxicidade de um material ultrapassa o limite estabelecido pela legislação), expressando efeitos tóxicos por parte do resíduo. Logo, o ensaio de Avaliação e Identificação da Toxicidade (AIT) foi utilizado para encontrar o composto químico tóxico presente no líquido. Desse modo, detectou-se concentrações de compostos fenólicos acima da legislação vigente (CONAMA – Resolução 430 de 2011). Tais compostos, provavelmente, originaram-se da degradação parcial da lignina presente na madeira e podem ser prejudiciais a ambientes aquáticos, devido à sua letalidade a organismos aquáticos, de modo que, mesmo em doses pequenas, pode causar a mortandade de peixes. Portanto, o líquido residual produzido durante a termorretificação da madeira de Cedro Indiano não apresentou viabilidade para aplicação como biofertilizante. Pode-se realizar tratamentos no resíduo, com o objetivo de neutralizar seus efeitos tóxicos, avaliando-se, posteriormente, sua utilização como biofertilizante ou ensaios para extração do fenol presente, para uso como matéria-prima em indústrias químicas. |