Monitoramento por aerobiologia e estratégias de manejo da resistência a fungicidas em Phakopsora pachyrhizi, o patógeno da ferrugem asiática da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moura, Suzany Santos de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/259024
Resumo: Phakopsora pachyrhizi é o fungo causador da ferrugem asiática da soja, a doença mais severa da cultura, causando perdas significativas na produção. O controle químico acontece em larga escala com fungicidas sítio-específicos, dentre os quais: DMI (triazóis), QoI (estrobilurinas) e SDHI (carboxamidas de segunda geração). Esse fungo é altamente adaptável às estratégias de controle, e devido à resistência do patógeno a esses fungicidas a redução na eficácia de controle da ferrugem é percebida safra após safra. Esses fungicidas apresentam de médio a alto risco para o surgimento de resistência,pois são usados intensivamente e isoladamente. Para a obtenção de conhecimento sobre a ocorrência e prevalência de resistência do fungo P.pachyrhizi aos fungicidas dos grupos DMI, QoI e SDHI em Mato Grosso do Sul (MS), buscou-se no primeiro capítulo identificar a evolução da resistência do fungo a fungicidas DMIs e aos QoIs em uma série de dados de onze safras (2009/10 a 2020/21) coletadas na Fundação Chapadão na microrregião sojícola de Chapadão do Sul/MS, por meio da análise de tendência com o teste não-paramétrico Mann-Kendall (α = 0,05). O segundo capítulo aborda uma estratégia anti-resistência eficaz e de baixo custo, por meio do monitoramento da população do patógeno pelo coletor de esporos modelo SIGA, que possibilitou a identificação de inóculo na área de cultivo. Somado a isso, a resistência do fungo a fungicidas SDHI foi verificada por meio de reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (qPCR), a partir das amostras de aerossóis adquiridas pelo coletor no período de outubro de 2020 a janeiro de 2022. O grupo DMI não apresentou redução de eficácia ao longo das safras. Por outro lado, houve tendência à prevalência de resistência para o grupo QoI provavelmente devido à estabilidade da resistência mesmo na ausência de fungicida, caracterizando uma mutação irreversível. Foi detectado e quantificada a prevalência relativa do alelo selvagem (I86) do gene sdhC de P. pachyrhizi selvagem e mutante (86F) que confere sensibilidade ou resistência aos fungicidas SDHI, no período de safra e no pousio, indicando flutuação alélica ao longo do tempo analisado. Para a ferrugem Asiática da soja, o monitoramento de aerossóis, por meio da aerobiologia com coletores simplificados e análise por PCR em tempo real, foi útil na detecção e quantificação de esporos de P. pachyrhizi com alelo selvagem (I86) ou mutante (86F) do gene sdhC, que confere resistência ao grupo químico SDHI.