Níquel no controle do oídio (Erysiphe diffusa) e ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barcelos, Jéssica Pigatto de Queiroz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143465
Resumo: O níquel (Ni) é um micronutriente para as plantas por ser componente estrutural da urease, enzima que catalisa a degradação da ureia em dióxido de carbono e amônia, além disso, tanto Ni quanto a urease desempenham importante papel no metabolismo antioxidante da planta e no controle de doenças fungicas. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da aplicação foliar de doses de Ni associado ou não à fungicidas do grupo das estrobilurinas em plantas de soja sobre o controle de doenças fungicas, a atividade de enzimas antioxidantes, a produtividade e sobre a qualidade de sementes. Foram realizados três experimentos sendo o primeiro na Chapadão do Sul – MS utilizando a molécula Piraclostrobina (75 g i.a. ha-1), o segundo em Selviria – MS utilizando as moléculas Fluxapiroxade + Piraclostrobina (300 mL p.c. ha-1), e o terceiro experimento foi realizando em Londrina – PR utilizando as moléculas Picoxistrobina + Ciproconazole (300 mL p.c. ha-1). Os três experimentos foram realizados em delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 7 x 2, sendo sete doses de Ni (0; 10; 20; 40; 60; 80 e 100 g ha-1) associadas ou não aos fungicidas, e quatro repetições totalizando 56 parcelas, os tratamentos foram aplicados no estágio fenológico R1 em todos os experimentos, e apenas no experimento III foi realizada uma segunda aplicação em R4. Junto do experimento III também foi realizado um experimento em placas de petri para avaliar o efeito do Ni sobre a germinação de urediniósporos de Phakopsora phachyrhizi com os seguintes tratamentos Picoxistrobina + Ciproconazole 100 mL L-1 como controle; (0; 0,1; 0,2; 0,3; 0,5; 0,8; 1,0; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 5,0 g L-1 de Ni) com seis repetições. No experimento I houve aumento nos teores de nitrogênio e de índice SPAD, e nas menores doses de Ni houve aumento de produtividade. Em relação a qualidade fisiológica de sementes, a porcentagem de germinação e a taxa de emergência aumentaram linearmente com o aumento das doses de Ni sem fungicida. Porém, quando o Ni foi associado a piraclostrobina a porcentagem de germinação apresentou ajuste quadrático, com aumento da germinação até a dose de 40 g ha-1 de Ni. No experimento II houve a ocorrência natural de oídio (Erysiphe diffusa), e a aplicação de 60 g ha-1 de Ni associado a 300 mL p.c. ha-1 do fungicida reduziu a severidade do oídio a 99%, foram observadas atividades máximas das enzimas urease, superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e peroxidase (POD). No experimento III no ensaio de placas, a aplicação de Ni controlou a germinação de urediniósporos de P. pachyrhizi, no campo entretanto o Ni não foi eficiente no controle da ferrugem asiática, e não houve diferença significativa para produtividade. A combinação de doses de Ni e fungicida aumentou a concentração de peróxido de hidrogênio e peroxidação lipídica, indicando a formação de espécies reativas de oxigênio no tecido foliar. Em todos os experimentos houve aumentou os teores de Ni nas folhas e nos grãos Houve efeito sinérgico dos fungicidas sobre a atividade da urease nas menores doses.