Estoque de carbono e nutrientes no solo e na serapilheira sob remanescentes de vegetação nativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Jaqueline Pinheiro da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202224
Resumo: Há várias décadas, estudos associam o acúmulo de gases na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono, à elevação da temperatura do planeta. Isso evidenciou a necessidade do estabelecimento de mecanismos de quantificação do estoque de carbono em ecossistemas naturais para conversão da estimativa em créditos, que podem ser comercializados em mercado internacional, promovendo a valorização da manutenção dos recursos naturais. Porém, embora o solo apresente em média o dobro de carbono presente no estrato arbóreo, estudos de estoque de carbono são mais frequentes na parte aérea da floresta. Partindo da necessidade de complementar estudos que quantifiquem o carbono do solo e da serapilheira, assim como obter uma metodologia de quantificação de carbono mais precisa, este trabalho teve como objetivo realizar estimativas do estoque de biomassa e carbono do solo e da serapilheira a partir de 18 unidades amostrais nas Fazendas Lageado e Edgardia, pertencentes à Faculdade de Ciência Agronômica da Unesp em Botucatu, São Paulo. Foram coletadas amostras de solo até 1 metro de profundidade e serapilheira para análises químicas e amostras indeformadas para análise de densidade do solo. Com isso, realizou-se o levantamento dos nutrientes presentes nos solos das fazendas, assim como a quantificação de carbono por dois diferentes métodos, Wakley-Black e CHN Analyser. Foi encontrado, em média, 180,87 t.ha-1 de carbono em até um metro de profundidade, enquanto que a serapilheira apresentou 3,75 t.ha-1 de carbono. As camadas de 40 cm até 100 cm de profundidade apresentam aproximadamente a metade da quantidade de carbono em relação às camadas superficiais (0-30 cm, sugeridos pelo IPCC), assim como os fragmentos preservados evidenciaram maiores quantidades de carbono que os demais. Os valores obtidos através do método de combustão seca, com o analisador CHNS, demonstraram que a metodologia de Walkley-Black subestima o carbono do solo e superestima o carbono presente na serapilheira para todas as fisionomias. O fragmento com Mata Ciliar, tanto primária quanto secundária, apresentou maior fertilidade do solo e maiores estoques de matéria orgânica e carbono.