Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Marina Pires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-04092023-145914/
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Resumo: |
A regeneração natural de florestas pode ajudar a restaurar a biodiversidade e a saúde do solo na Amazônia, além de mitigar as emissões de gases de efeito estufa aumentando teores de matéria orgânica no solo. Sabe-se que diversas áreas amazônicas previamente desmatadas e degradadas pela agricultura tem gradualmente regenerado florestas secundárias e recuperado diversos processos ecológicos. Entretanto, escassos são os estudos que investigam essa dinâmica em solos extremamente arenosos, que naturalmente são menos férteis e têm menor capacidade de retenção de água. Além disso, nestes solos os nutrientes são rapidamente e severamente exauridos sob efeitos da agricultura degenerativa. Nestas condições edáficas, é fundamental avaliar quantitativamente se a regeneração natural de florestas secundárias restaura as propriedades químicas, físicas e biológicas, e o quanto está recupera a multifuncionalidade do solo e do ecossistema. Um benefício que vale destaque, é de que a regeneração de florestas captura o CO2 da atmosfera e o armazena em seu ecossistema acima e abaixo do solo, algo estratégico para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, e, portanto, combater as mudanças climáticas. Esta dissertação buscou avaliar os efeitos da regeneração de florestas secundárias com idade de dois, cinco, dez e vinte anos nos estoques de carbono acima e abaixo da superfície do solo e na saúde deste solo arenoso previamente degradado na Amazônia. Adicionalmente, os impactos da queima da floresta mais velha, de vinte anos, também foram estudados. O primeiro capítulo se concentrou em quantificar o potencial de acumulação de carbono em multicamadas, incluindo a biomassa vegetal, a serrapilheira e o solo. Os resultados mostraram uma tendência linear de acúmulo de carbono no tempo da serrapilheira e da biomassa das árvores, mas não significativamente para o solo. Ao longo do tempo, a floresta secundária adquiriu maior riqueza e diversidade de espécies, o que refletiu em uma melhor qualidade da serrapilheira. A queima da floresta de vinte anos promoveu danos nos estoques de carbono impactando o ecossistema de tal forma que voltou a ser pior do que o patamar da regeneração com dois anos de idade. No segundo capítulo, foram quantificadas diversas propriedades químicas, físicas e biológicas indicadoras de funções no solo. Posteriormente estes indicadores foram integrados para avaliar como a regeneração florestal e a queima da vegetação secundária modificaram a multifuncionalidade e a saúde do solo. O estudo mostrou que o tempo de crescimento da floresta secundária incrementou os índices da maioria das funções no ambiente edáfico, portanto melhorando a multifuncionalidade e a saúde do solo. A regeneração florestal aumentou a capacidade de armazenamento de nutrientes e carbono e também a atividade biológica. A queima da vegetação aumentou o pH e a disponibilidade de nutrientes na camada superficial (i.e., 0-10 cm). Porém é conhecido que nos solos arenosos estes nutrientes (e.g., Ca, Mg e K) são rapidamente perdidos por lixiviação quando estes são expostos para atividades agrícolas insustentáveis |