Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Agudo, Marcela de Moraes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150957
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Resumo: |
A educação ambiental é uma área consolidada na pesquisa e também na escola no Brasil. A educação ambiental crítica vem avançando nos últimos anos no sentido de demarcar sua diferença com as perspectivas mais conservadoras de abordagens mais naturalizantes ou pragmáticas. Neste sentido, neste estudo, respaldados no materialismo histórico-dialético e na Pedagogia Histórico-Crítica buscamos, por meio de uma pesquisa teórica, analisar a inserção da educação ambiental na formação dos pedagogos, como contribuição ao seu papel de intelectual crítico. A partir do estudo exploratório realizado em um curso de Pedagogia em uma universidade pública do Estado de São Paulo, identificamos que a educação ambiental é desenvolvida de maneira incipiente na formação dos pedagogos. Assim, desenvolvemos esta pesquisa teórica para aprofundarmos acerca da educação ambiental na formação dos pedagogos. Para isso, discutimos a identidade do pedagogo no contexto escolar no Brasil, sob a perspectiva da Pedagogia como ciência para a educação ambiental; identificamos a formação dos pedagogos como educadores ambientais, analisando-a na perspectiva do intelectual crítico; e analisamos a função social do pedagogo na escola pública de Educação Básica e sua relação com a educação ambiental. Assim, no contexto político, econômico e social em que vivemos, um Estado guiado pela parcela conservadora da sociedade faz duros ataques às dimensões sociais fundamentais para a vida dos trabalhadores, principalmente a educação, e é neste contexto em que tratamos da educação ambiental na formação dos pedagogos. O estudo exploratório realizado evidencia que a educação ambiental no curso de Pedagogia se dá de maneira pulverizada e, assim, confirma a necessidade de uma perspectiva mais crítica de educação ambiental na formação dos pedagogos. Entendemos que a Pedagogia precisa ser compreendida para além das ciências da educação, incorporando as contribuições de outros campos científicos, mas reconhecendo e valorizando o campo científico da Pedagogia. O curso de Pedagogia, desde sua criação no início do século passado até nos dias atuais, vem passando por debates que aparentemente são óbvios, mas que carregam em si dimensões profundas e complexas da formação do ser humano e da profissionalização do pedagogo, considerando sua função social. Com isso, buscamos a contribuição do campo da formação de professores para refletirmos acerca da formação dos pedagogos como intelectuais críticos, compreendendo a universidade como espaço importante de formação dos pedagogos educadores ambientais. Assim, compreendemos que a educação ambiental na formação inicial dos pedagogos e na escola pública se articula de modo a contribuir com o aprofundamento do neoliberalismo, ao se deixar levar pelas parcerias público-privadas, que tomam o espaço material e não-material público, tornando-o privado ao colocá-lo à serviço dos interesses privados. Isso nos coloca o desafio deste contexto para a formação dos pedagogos, da mesma maneira que nos possibilita compreender que o compromisso dos pedagogos possibilitará sua articulação política no sentido de contribuir no processo árduo de enfrentamento das condições de exploração da classe trabalhadora. Portanto, defendemos a seguinte tese “a formação técnico/política que explicite as contradições na escola básica, compondo a identidade do pedagogo como educador ambiental, considera seu importante potencial de atuação enquanto um intelectual articulador do trabalho docente e, para além disso, das relações entre o ambiente e a sociedade em que vivemos”, como “ponto de partida” e “ponto de chegada” deste trabalho. |