Avaliação da eficácia do extrato de óleo insaponificável de abacate e soja na osseointegração em ratos com artrite induzida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paula, Luiz Guilherme Freitas de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143084
Resumo: Este estudo avaliou a influência da utilização do extrato de óleo insaponificável de abacate e soja (ASU) na osseointegração de implantes em animais saudáveis e com artrite. Foram utilizados implantes de titânio com 4 mm de comprimento x 2.2 mm de diâmetro, instalados nas tíbias dos ratos. No estudo 1, trinta ratos foram divididos aleatoriamente em três grupos: ASU1: administração de ASU a partir de 7 dias antes da colocação do implante; ASU2: administração de ASU começando no dia da colocação do implante, e CTL: administração de solução salina. Em todos os animais, um implante de titânio foi colocado em cada uma das tíbias. Todos os animais receberam ASU ou solução salina por sonda gástrica diariamente durante 60 dias até o sacrifício. Osseointegração foi avaliada por análise de densidade óssea radiográfica; biomecânica; histologia descritiva; imuno-histoquímica para BMP­2, TGF­β1, e osteocalcina; e avaliação histomorfométrica de contato osso­implante (BIC) e fração de área mineralizada do osso dentro das roscas do implante (BAFO). ASU1 e ASU2 apresentaram maior expressão de BMP­2 e TGF­β1 em comparação com CTL (P<0,05). Na análise histomorfométrica, os grupos ASU1 e ASU2 apresentaram valores significativamente mais elevados BIC somente na região de osso cortical, quando comparado com o CTL (P <0,05). No estudo 2, 120 animais foram divididos randomicamente em quatro grupos: CTR- Animais saudáveis que ingeriram soro; ASU- Animais saudáveis que ingeriram ASU; ART- Animais com artrite que ingeriram soro; ART/ASU- Animais com artrite que ingeriram ASU. As soluções foram administradas diariamente, por gavagem, iniciando-se 7 dias antes do procedimento cirúrgico até a conclusão do período experimental (15, 30 e 60 dias após a instalação dos implantes). Foram realizados a análise microtomográfica (avaliação da porcentagem de osso ao redor do implante); análise biomecânica (torque de remoção); e análise histométrica (contato osso implante-%BIC; área de osso entre as roscas-%BAFO), análise imuno-histoquímica e descrição histológica. Nos resultados de microtomografia o grupo ART/ASU apresentou menor densidade de osso na área próxima ao implante que os grupos ASU e ART (15 e 60 dias). Na análise biomecânica a força de contra-torque para remoção dos implantes foi maior no grupo ART/ASU no período de 30 dias. Na histometria foi verificado que o grupo ASU e ART/ASU apresentaram maiores valores de %BIC que o grupo ART no período de 60 dias; o grupo ASU apresentou maior %BIC que o grupo CTR aos 60 dias; e o grupo ART/ASU apresentou maior %BIC que o grupo ART aos 30 dias. A %BAFO foi maior nos animais do grupo ART/ASU em relação aos do grupo ART nos períodos de 30 e 60 dias. Na histologia foi verificado no grupo ASU um tecido ósseo maduro em relação ao grupo CTR; e o grupo ART foi observado um processo de remodelação óssea lento. Na imuno-histoquímica foi verificado uma maior expressão de osteocalcina no grupo CTR e de TGF-β1 no grupo ASU. O extrato de óleo insaponificável de abacate e soja teve uma influência positiva na osseointegração dos implantes.