Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Érica Vidal da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157434
|
Resumo: |
Na sociedade atual, o trabalho se configura como um dos fatores que podem influenciar a relação entre mãe e criança. Deste modo, verificou-se a necessidade de realizar essa pesquisa com o objetivo de descrever, comparar e relacionar a interação mãe-bebê, tempo de cuidado, rede de apoio e crenças de mães que trabalhavam fora e mães que não trabalhavam fora. Para responder aos objetivos esse trabalho foi dividido em três estudos que contaram com a participação de 16 díades mãe-bebê, sendo oito mães que exerciam atividade remunerada fora de casa e oito mães que não a exerciam. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Caracterização do Sistema Familiar Versão – Pais ou Responsável, o Protocolo de Avaliação da Interação Diádica – Adaptado, o Protocolo de Atividade Diária e entrevista sobre Crenças Maternas. O estudo um, “Mães que exercem ou não atividade remunerada: qualidade da interação com o bebê”, apontou que as mães que trabalhavam fora estimulavam cognitivamente mais e realizavam maior diversidade de atividades com seus filhos do que as mães que não trabalhavam fora. No estudo dois, “Mães que exercem ou não atividade remunerada: tempo de cuidado com o bebê, divisão de tarefas domésticas e rede de apoio”, verificou-se que mães que não trabalhavam dedicavam mais tempo ao filho durante os dias da semana enquanto o grupo que trabalhava dedicava mais tempo aos finais de semana. Destaca-se que as mães que trabalhavam praticamente não realizavam atividade de lazer sem os filhos, o que ocorria no outro grupo. Os dados demonstraram que as atividades relacionadas ao bebê têm sido divididas com o parceiro, enquanto os afazeres domésticos ainda são predominantemente realizados pelas mulheres. Nesse contexto a avó foi apontada como importante fonte de apoio. Finalmente, no estudo três, “Crenças sobre a maternidade, o desenvolvimento do bebê e o trabalho”, verificou-se que o estímulo e a convivência foram relatados, respectivamente, pelas mães que não trabalhavam e mães que trabalhavam, como fator preponderante para o desenvolvimento do bebê. Sentimentos de competência foram relatados mais vezes por mães que estavam fora do mercado de trabalho. Em relação ao trabalho, realização pessoal e profissional foram citadas por ambos os grupos como fatores que dão significado ao trabalho, sendo esse aspecto apontado mesmo por mães que no momento não estavam no mercado de trabalho. Essa pesquisa contribui com a literatura na medida em que indica a existência de benefícios na relação entre trabalho e maternidade, tanto para os bebês quanto para as mães, desmistificando a concepção de que este prejudica a relação das mães com seus filhos. |