Manejo da adubação nitrogenada através do clorofilômetro portátil no feijão de inverno coinoculado com Rhizobium tropici e Azospirillum brasilense

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Garcia, Nayara Fernanda Siviero
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Phaseolus vulgaris L.; Nitrogênio; Coinoculação; Teor de clorofila; Sistema plantio direto; Economia de fertilizante; Chlorophyll content; Nitrogen; Coinoculation; No-tillage system; Fertilizer savings
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204652

A estimativa da necessidade de nitrogênio (N) por meio da leitura indireta de clorofila com o uso do clorofilômetro portátil e a coinoculação de bactérias fixadoras de N são alternativas promissoras no aumento da produtividade de grãos associadas à redução de aplicação de fertilizante nitrogenado em cobertura. Assim, objetivou-se avaliar o manejo da adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro de inverno por meio do uso do clorofilômetro portátil e a eficiência de bactérias fixadoras de nitrogênio em associação com a cultura. O experimento foi realizado no município de Selvíria, MS, Brasil, nos anos de 2016, 2017 e 2018, em área de sistema plantio direto consolidado. O solo do local é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico, argiloso. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, dispostos em esquema de faixas, com ou sem inoculação de sementes com Rhizobium tropici e os tratamentos foram constituídos pela combinação de 7 manejos de fertilização com N [M1: 40 kg ha-1 de N na semeadura + 80 kg ha-1, aos 10 dias após emergência (DAE) + 80 kg ha-1, aos 20 DAE (tratamento referência); M2: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 40 kg ha-1, aos 10 DAE + 40 kg ha-1, aos 20 DAE (dose recomendada); M3: 20 kg ha-1 de N na semeadura + Azospirillum brasilense foliar (estádio V4) + 20 kg ha-1 de N, quando as leituras do clorofilômetro indicavam índice de suficiência de nitrogênio (ISN) ISN < 90%; M4: 20 kg ha-1 de N na semeadura + Azospirillum brasilense foliar + 30 kg ha-1 de N, quando as leituras do clorofilômetro indicavam ISN < 90%; M5: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 20 kg ha-1 de N, quando as leituras do clorofilômetro indicavam ISN < 90%; M6: 20 kg ha-1 de N na semeadura + 30 kg ha-1 de N, quando as leituras do clorofilômetro indicavam ISN < 90%; M7: 20 kg ha-1 de N na semeadura (testemunha, sem aplicação de N em cobertura)]. Concluiu-se que o monitoramento mediante leituras indiretas do teor de clorofila é eficiente para a indicação do momento de aplicação e da exigência de N em cobertura na cultura do feijoeiro comum, visto a correlação do índice de clorofila foliar, com a concentração de N e produtividade de grãos; O uso do Rhizobium tropici no feijoeiro auxilia na fixação de nitrogênio e no fornecimento às plantas, não diferindo da produtividade de grãos com uso de 160 kg ha-1, possibilitando a redução do uso de adubos minerais nitrogenados; Apesar dos benefícios do Azospirillum brasilense via foliar, os efeitos podem não ser visualizados em solos com boa fertilidade; A economia com nitrogênio em cobertura, pelo manejo com clorofilômetro e uso de bactérias diazotróficas, possibilitou altas produtividades de grãos de feijão, com redução dos custos em comparação ao uso de N em cobertura, consequentemente, proporciona maior lucratividade.