Morfologia do útero e ovários de Artibeus planirostris (Phyllostomidae: Chiroptera) durante as fases do ciclo reprodutivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Caun, Dianelli Lisboa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137760
Resumo: Apesar das diferentes estratégias reprodutivas apresentadas pelos morcegos, relativamente pouca atenção tem sido dada aos estudos morfológicos das estruturas reprodutivas nesses animais. Com o intuito de gerar informações que propiciem uma descrição mais detalhada dos aspectos reprodutivos em Chiroptera, o objetivo do presente estudo foi descrever a morfologia dos órgãos reprodutivos (útero e ovários) das fêmeas de Artibeus planirostris (Phyllostomidae) durante quatro fases do ciclo reprodutivo e analisar o processo de foliculogênese. As fêmeas de A. planirostris possuem um útero simples de histologia semelhante ao padrão geral dos mamíferos, com a parede uterina sendo composta por três camadas, na qual a mais interna, o endométrio, demonstrou um processo de descamação e necrose, que ao ser associada com sangramento, caracteriza a menstruação. Artibeus planirostris produz apenas um filhote por gestação e exibe um padrão poliéstrico, evidenciado pela captura de fêmeas concomitantemente grávidas e lactantes, demonstrando a existência de um estro pós-parto. Os ovários de A. planirostris, apresentaram uma polaridade aparente, com os folículos primordiais restritos a uma zona localizada em apenas um lado do ovário, a partir da qual os folículos são recrutados para posterior crescimento e desenvolvimento. Ambos os ovários são funcionais, confirmados pela presença do corpo lúteo, mas constatamos que eles não podem ser considerados bilateralmente simétricos, uma vez que o corpo lúteo foi encontrado preferencialmente no ovário esquerdo (76,2%). Os ovários durante a gravidez apresentam diferenças significativas entre si, evidenciando um processo de regressão por parte do ovário sem corpo lúteo, que apresenta grandes quantidades de folículos atrésicos, e valores de diâmetro, área e volume significativamente menores do que o ovário que ovulou (com corpo lúteo). Quanto ao processo de foliculogênese, A. planirostris segue o padrão básico dos mamíferos e outros morcegos, tendo início com o recrutamento de folículos primordiais, visando seu crescimento e desenvolvimento, podendo se tornar um folículo maduro (de Graaf) ou morrer por um processo de atresia. Com esses resultados, fornecemos detalhes sobre o ciclo reprodutivo de A. planirostris, evidenciando características reprodutivas típicas dessa espécie.