Práticas de uma diretora de escola iniciante atuante na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Torres, Karina Célia Bianchini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258486
Resumo: O presente trabalho objetiva compreender os aspectos constitutivos do Gestor Educacional - Diretora Iniciante da Educação Infantil - no cotidiano escolar do município de Rio Claro a fim de analisar as práticas que exigem a atuação desse profissional. A função do Diretor de Escola é ampla e complexa. Nesse percurso deparo-me com desafios referentes às tarefas desenvolvidas no cotidiano do ofício de ser Diretora de Escola Iniciante durante o ano de 2022. Tratando-se de uma pesquisa narrativa, com fundamentos teóricos em Lima, Geraldi e Geraldi (2015), trago como objeto de estudo minha atuação na função de Diretora de Escola aproximando-me da vivência experienciada com a teoria estudada. Os dados são produzidos a partir de: a) minha agenda pessoal; b) meu diário reflexivo; c) atas das HTPC e, d) atas das reuniões de Conselho de Escola. Dessa forma, inspirada em Ginzburg (1989), procuro indícios e pistas que, lidas e interpretadas em tais documentações, vão tecendo a colcha de retalhos da pesquisa, construindo a trama do vivido, capturando e costurando os acontecimentos e extraindo as lições obtidas ao longo do processo. As discussões teóricas acerca da temática se deram através de levantamento de pesquisas recentes sobre o tema, selecionadas na CAPES, considerando o período de 2018 a 2022, documentos oficiais normativos nacionais, municipais e institucionais. Ser autora-criadora (Bakhtin, 2003) é uma experiência única e intransferível. Nesta obra, na qual contei o meu cotidiano como Diretora de Escola Iniciante através de uma narrativa, desvelei o ser gestora por meio de um olhar exotópico (Bakhtin, 2003) e reflexivo sobre minha prática. Dessa forma, como considerações finais da referida dissertação, extraí quinze lições do tempo que o meu eu-Diretora-pesquisadora vivenciou. Nas lições abordo as inúmeras responsabilidades e atribuições do Diretor de Escola, a impossibilidade de neutralidade desse profissional, a importância do Diretor ser firme e ter ciência de que não agradará todos. Falo sobre a importância do gestor ser acolhedor e oportunizar formação de qualidade para todos os profissionais da escola, a necessidade em dizer as obviedades em palavras e em não ser impulsivo ao tomar decisões. Abordo também o quanto é fundamental manter Parceria com a Professora Coordenadora para realizar um trabalho pedagógico de qualidade e a importância do Diretor delegar e dividir tarefas. Legitimo a importância da escola funcionar em função das crianças e que o Diretor precisa escolher as lutas a enfrentar. Abordo ainda a necessidade em acompanhar o trabalho que os professores realizam e o estabelecimento de parcerias com os familiares. E, finalizo as lições colocando como objetivo da escola de Educação Infantil a criação de memórias felizes na vida das crianças. Almejo, com ousadia, que tais lições tragam para meus colegas de profissão, em especial os Diretores de Escola Iniciantes, a possibilidade em construírem uma escola democrática, que tenha como horizonte a educação de qualidade para todas as crianças e que os educandos, familiares, professores e funcionários possam ser agentes ativos dentro da instituição na qual atuam.