Pedro Lessa, um Juiz-Historiador: Nação, Patriotismo e Raça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Menoncello, Aline Michelini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144441
Resumo: Inserida na área de História da Historiografia, esta dissertação de mestrado questiona qual é importância da História nas primeiras décadas do século XX, em um cenário de crescente especialização das Ciências Sociais. Para realizar tal investigação, com o intuito de analisar os textos de Pedro Augusto Carneiro Lessa (1859-1921), este trabalho apropriou-se das noções teóricas de “obra” e de “autor” oferecidas por Michel Foucault. No início do século XX não existiam historiadores de formação acadêmica no Brasil, havia homens que exerciam diferentes funções, sendo militares, letrados, médicos, diplomatas e juristas que conciliavam suas profissões e trabalhavam pela História. Suas contribuições foram diversas: recolhiam documentos, escreviam textos, organizavam arquivos e bibliotecas. Muitos deles foram sócios dos Institutos Históricos, participavam de reuniões, emitiam pareceres e apresentavam discursos e estudos quando solicitados. Nesse cenário, Pedro Lessa, professor da Faculdade de Direito de São Paulo, juiz do Supremo Tribunal Federal e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), não dedicou textos à narração de fatos históricos, mas refletiu acerca da importância da História para aquele presente. Além disso, como membro do IHGB, assumiu a função de Juiz-Historiador e apresentou juízos históricos para diminuir a criminalidade e o preconceito racial. As fontes privilegiadas nesta investigação foram a introdução de Lessa para a obra de Henry Thomas Buckle, os quatro capítulos do livro Estudo de Filosofia do Direito, as atas da Revista do IHGB (1901-1921) e as conferências do Juiz-Historiador a respeito de João Francisco Lisboa e de Francisco Adolfo de Varnhagen. Por meio desse corpus documental identifiquei três importantes discursividades, nação, patriotismo e raça.