Efeito do glyphosate em plantas daninhas da família poaceae submetidas a diferentes potenciais hídricos do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva Junior, Antonio Carlos da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152766
Resumo: A ação de herbicidas sobre plantas daninhas que se desenvolvem sob déficit hídrico pode ser comprometida, pois as rotas de penetração de herbicidas como o glyphosate são reduzidas em razão da menor hidratação da cutícula nessas plantas. Avaliou-se nesse estudo a eficiência de controle do herbicida glyphosate em quatro espécies de plantas da família Poaceae quando submetidas a distintos déficits hídricos. Os estudos foram conduzidos em casa-de-vegetação sendo que as espécies estudadas foram: capim-colonião (Megathyrsus maximum), capim-colchão (Digitaria nuda), capim-massambará (Sorghum halepense) e capim-braquiária (Urochloa ruziziensis). As plantas foram submetidas a três condições hídricas do solo [sem restrição hídrica (-0,03 MPa), déficit hídrico intermediário (-0,07 MPa) e alta restrição hídrica (-1,5 MPa)], aplicou-se três doses do herbicida glyphosate (0,0; 270,0 e 540,0 g e.a. ha-1) e em dois estádios fenológicos de desenvolvimento da planta (4-6 folhas e 1-3 perfilhos). O manejo hídrico teve início quando as plantas apresentaram duas folhas desenvolvidas. Foram realizadas avaliações visuais de controle aos 7, 14, 21 e 35 dias após a aplicação do herbicida; analisou-se ainda os parâmetros morfofisiológicos área foliar específica, condutância estomática e a diferença de temperatura do ambiente com a temperatura foliar no dia da aplicação do herbicida, bem como a matéria seca da parte aérea e da raiz ao final do estudo. Os resultados obtidos de controle e matéria seca foram submetidos à análise de variância pelo teste “F” e as médias foram comparadas pelo teste “t” de Student (p>0,05). Os parâmetros morfofisiológicos foram analisados através do intervalo de confiança a um coeficiente de confiança de 95%. Com o aumento da restrição hídrica, houve diminuição dos componentes morfofisiológicos da planta de capim-colonião, capim-colchão, capim-massambará e capim-braquiária como área foliar específica, condutância estomática, e a diferença entre a temperatura ambiente e foliar. O controle das plantas de capim-colonião foi mais eficiente quando ocorreu a aplicação da dose de 540 g ha-1 de glyphosate no estádio vegetativo de 1-3 perfilhos, no manejo hídrico de -0,03 MPa. Plantas de capim-colchão foram totalmente controladas a partir dos 21 DAA, independente do manejo ao qual a planta foi submetida e a dose utilizada para seu controle. Isso evidencia que esta planta é muito sensível ao herbicida glyphosate, e ao déficit hídrico, podendo realizar seu controle com doses mais reduzidas na época seca. Já para o controle do capim-massambará, as plantas foram totalmente controladas quando houve a aplicação de 540 g ha-1 de glyphosate e quando a aplicação ocorreu no estádio vegetativo de 4-6 folhas, nos manejos hídricos de -0,03 e -0,07 MPa. Plantas que desenvolveram sob restrição hídrica severa (-1,5 MPa), o controle não foi eficiente. O controle do capim-braquiária foi eficiente com a utilização de 540 g ha-1 de glyphosate quando as plantas não desenvolveram em condições de déficit hídrico, tanto nos estádios iniciais de desenvolvimento quanto no estádio mais tardio. A mesma dose foi eficiente no controle de plantas mantidas a um manejo hídrico de -0,07 MPa de umidade do solo, quando controladas no estádio de 4-6 folhas. A redução da dose de glyphosate para 270 g ha-1 não foi eficiente para controlar o capim-braquiária, principalmente em plantas sem restrição hídrica na qual houve rebrota. As plantas pulverizadas com glyphosate tem seu controle comprometido quando as mesmas foram submetidas a déficit hídrico.