Interferência de plantas daninhas e tolerância do pinhão-manso ao glyphosate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, André Luiz de lattes
Orientador(a): Machado, Aroldo Ferreira Lopes
Banca de defesa: Machado, Aroldo Ferreira Lopes de, Jacob Neto, Jorge, Ferreira, Lino Roberto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13612
Resumo: O Brasil se destaca no cenário mundial na produção de energia renovável. Dentre as diversas fontes de matéria prima para a produção de biodiesel, destaca-se o pinhão-manso (Jatropha curcas L.). Informações técnicas sobre recomendações de manejo, principalmente referentes aos de plantas daninhas são escassas para a cultura. Objetivou-se nesse trabalho, avaliar o efeito de glyphosate no crescimento inicial de plantas de pinhão-manso bem como o efeito da competição com espécies daninhas no desenvolvimento inicial da planta. Dois experimentos foram conduzidos em condições de casa de vegetação e laboratório, pertencentes à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No primeiro experimento avaliou-se incremento em altura, acúmulo de massa seca, incremento em diâmetro do caule e área foliar em plantas de pinhão-manso após aplicação de glyphosate (180,0; 360,0; 720,0 e 1.440,0 g ha-1) mais uma testemunha sem aplicação, em três posições de aplicação (planta toda “over the top”, terço médio e terço inferior das plantas), no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. No segundo experimento, avaliou-se incremento em altura, acúmulo de massa seca, incremento em diâmetro do caule e área foliar em plantas de pinhão-manso em competição com espécies de plantas daninhas. Foram utilizadas cinco espécies de plantas daninhas (Bidens pilosa L., Mucuna aterrima Piper & Tracy, Urochloa decumbens Stapf, Panicum maximum Jacq. e Commelina benghaliensis L.) transplantadas separadamente em cada vaso em cinco densidades (1; 2; 3; 4 e 5 plantas por vaso), contendo uma planta de pinhão-manso, com mais um tratamento controle onde a planta de pinhão-manso cresceu sem a presença das espécies competidoras, no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Verificou-se, no experimento 1, que as plantas de pinhão-manso apresentaram intoxicação mais severa quando a aplicação do herbicida foi realizada sobre a planta toda, na dose de 1.440 g ha-1 de glyphosate. Verificou-se redução do incremento em altura, do incremento em diâmetro de caule e na área foliar de plantas de pinhão-manso quando a aplicado 1.440 g ha-1 de glyphosate na planta toda. Para as demais doses e local de aplicação não houve efeitos significativos. De posse dos dados pode-se concluir que o pinhão-manso apresenta elevada tolerância ao glyphosate. Verificou-se, no experimento 2, que as plantas de pinhão-manso apresentaram redução em acúmulo de massa seca, em área foliar e incremento em diâmetro do caule, em função das espécies daninhas competidoras e das crescentes densidades. Verificou-se redução em altura, diâmetro de caule, área foliar e massa seca total das plantas de pinhão-manso que conviveram com a espécie Panicum maximum, na densidade de 5 plantas por vaso. Conclui-se que o pinhão-manso apresenta redução nos parâmetros analisados quando em competição com plantas daninhas no início do desenvolvimento.