Avaliação das citocinas (ELISA e RT-PCR) e da fibrose hepática na coinfecção pelo HIV e vírus da hepatite C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barbosa, Alexandre Naime [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101466
Resumo: A aids e a hepatite C crônica são infecções caracterizadas por importante processo inflamatório contínuo, regulado por uma complexa interação entre citocinas. A persistência da atividade inflamatória crônica está intimamente relacionada com a progressão da patogênese da aids, bem como na indução de fibrose na hepatite C. Com o objetivo de avaliar o padrão de citocinas na infecção pelo HIV e na hepatite C crônica, as citocinas IL-2, IL-4, IL-10, TNF-α, INF-γ, TGF-β foram dosadas por Elisa e RT-PCR em cinco grupos: pacientes coinfectados pelo HIV/VHC (n=22), monoinfectados pelo HIV com supressão virológica pelo tratamento, e sem supressão virológica (n=17), monoinfectados pelo VHC (n=22) e um grupo controle composto por indivíduos doadores de sangue (n=10). IL-4 e IL-10 estiveram aumentadas consistentemente nos quatro grupos de estudo, determinando predomínio do perfil Th-2. INF-γ, TNF-α e TGF-β estiveram aumentados apenas nos grupos com infecção pelo VHC, com ou sem coinfecção pelo HIV. No grupo de monoinfectados pelo HIV com supressão virológica, a IL-2 dosada por RT-RCR esteve aumentada, porém os níveis séricos dosados por Elisa estavam normais. A alta produção de citocinas pró-inflamatórias INF-γ, TNF-α e TGF-β nos dois grupos de pacientes com infecção pelo VHC refletem o processo progressivo de acúmulo de inflamação e fibrose hepática. Já o predomínio de IL-4 e IL-10 em todos os grupos, citocinas ligadas ao perfil Th-2, demonstram a incapacidade de produção de uma resposta citotóxica Th-1, perpetuando a infecção e a inflamação crônica, mesmo naqueles indivíduos com supressão virológica pelo tratamento. Além de drogas antivirais, novos tratamentos imunomoduladores têm sido propostos para a erradicação viral, ou a interrupção das lesões causadas pelo estado inflamatório crônico...