O corpo cômico em jogo: um estudo acerca da improvisação do palhaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Cláudia Funchal Valente de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86881
Resumo: A palhaçaria clássica, linguagem cômica tradicional e popular, foi concebida junto ao espetáculo circense. Consolida-se no século XX e é caracterizada por um conjunto de situações, gestos e ações codificados, transmitidos oralmente através de gerações. Sua dramaturgia é construída na relação direta e improvisada com a platéia, a partir de um roteiro, e tem na utilização do corpo cômico em jogo seu principal recurso expressivo. O presente trabalho tem como objetivo geral investigar a composição do palhaço de circo no tocante à utilização do corpo e sua relação com a platéia. Esse objetivo mais amplo se direciona à contribuição desse processo na formação do ator em geral. Para melhor compreender a construção deste corpo cômico, assim como a especificidade de seu processo de aprendizado, ligado à tradição oral, escolhemos para nossa pesquisa empírica o trabalho do palhaço Gachola e sua Cia, assim como o de seus parceiros Camilo Torres, Puchy e Pepin - palhaços de tradição circense que atuam na cidade de São Paulo. Foi importante também a experiência com dois grupos de atores: um grupo que, de 2001 a 2004, interessados na linguagem do palhaço, realizou uma investigação prática acerca da construção do clown no LUME, e o grupo O Circo e o Riso, da UNESP, que pesquisa a construção do palhaço a partir de técnicas tradicionais. Recorremos também a autores estudiosos do circo ou dos palhaços: Mario Bolognesi, Andreia Pantano, Erminia Silva, Tristan Rémy, John Towsen, Roger Avanzi e Veronica Tamaoki. Para a análise da articulação e dos objetivos do jogo cômico estabelecido entre palhaço e público, foram imprescindíveis, aliadas às análises de Bolognesi e Pantano, a teoria de Johan Huizinga a respeito do jogo, como exposta no livro Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura, e a teoria de Mikhail Bakhtin a respeito do cômico e do riso na cultura popular.