Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Schnitman, Daniel [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237469
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Resumo: |
Este estudo objetivou conhecer as possibilidades que permeiam as intersecções da música, tecnologia e educação. O desvelar desses cruzamentos ocorreu através de relatos de vivências: trajetórias pessoais marcadas pelo entrelaçamento da música com distintos campos de conhecimento que nos permitem vislumbrar fazeres musicais e formas de aprender relacionados a práticas de compartilhamento inerentes ao fenômeno da cultura digital. Por conta de uma presença discursiva, tanto na tecnologia, quanto na educação, esta pesquisa buscou entender o surgimento do contexto Maker e como um fazer musical poderia se dar neste ambiente. Para precisar a análise, focar em tecnologias interativas digitais sob uma perspectiva educacional construcionista, enquanto referencial teórico, apontavam na direção de um potencial promissor para um tipo de aprender musical. Desta forma, uma investigação qualitativa baseada em pesquisa biográfica via entrevistas semiestruturadas foi o caminho escolhido para realizar uma espécie de visualização interseccional de um fazer/aprender/compartilhar musical com as tecnologias digitais interativas. Essa escolha se mostrou rica por permitir o mapeamento de inter-relações pessoais e profissionais dentro deste contexto Maker, trazendo um campo sensível para a forma imersiva de apresentação desse percurso. A partir da transcrição dessas entrevistas, houve uma categorização para tematização do material. Classificar e qualificar os registros serviu para dialogar com as questões de pesquisa ao interagir com o referencial teórico do estudo. O texto é entremeado por perguntas do tipo: como experimentos de uma “futucagem” (tinkering) expressiva via ferramentas lúdico digitais pode fomentar um florescer musical em nós. Alguns dos resultados indicam uma necessidade de angariar um conjunto específico de recursos humanos para iniciativas de Aprendizagem Maker Musical e que já há sugestões iniciais de vivências musicais que podem ocorrer nessa perspectiva. No âmbito das implicações dessa pesquisa, educadores musicais são convocados a se expandir, ocupar e pautar novos ambientes de disputas tecnológicas para evitar que algum desperdício de potencial ocorra. Assim, uma síntese é apresentada enquanto proposta de uma Aprendizagem Maker Musical: fomentar a agência do aprendiz nos seus “fazeres” musicais digitais interativos. Isso, além de poder vir a ser um espaço/fortaleza para um diálogo com alguns fazedores de música contemporâneos, pode também servir como uma ponte para o contato com os preceitos construcionistas, úteis em seu modo de se relacionar com tecnologias. Por fim, a criticidade quanto a “soluções” tecnológicas que transparecem ao longo da dissertação é retomada nas considerações finais. Fica explícita a sugestão de escolher um caminho democratizante pela arte (mais significativo do que qualquer tecnologia), pelo afeto de afetar e venerar o mistério que é a música. |