Metalinguagem em Budapeste, de Chico Buarque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Andrade, Dayana Velozo Pastor [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99174
Resumo: Partindo da análise da estrutura narrativa do romance Budapeste, de Chico Buarque, este trabalho procura discutir o papel que a metalinguagem desempenha nos diversos níveis da obra: desde a caracterização de personagens e ambientes (ghostwriters, academia de letras, lançamentos de best-sellers etc.), passando pela fundamentação dos conflitos (aquisição de uma língua estrangeira, paixão pelas palavras), até chegar ao ponto de interferir na própria construção do espaço-tempo diegético. Essa interferência atua no sentido de favorecer a articulação de uma espécie de jogo, cujo ponto alto se encontra no final do livro, quando então se depara com uma estrutura que se fecha em abismo, servindo ao mesmo tempo como resolução da trama, revelação da história principal e convite à releitura. Com isso é gerado um acúmulo semântico que desautomatiza a recepção, tal como ocorre na poesia, reforçando a idéia da centralidade das questões relativas à língua e à linguagem dentro da obra