Qualidade de vida, ansiedade e depressão de pacientes em tratamentos minimamente invasivos da úlcera venosa

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Fernandes, Bruna Luise
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Qualidade de vida; Ansiedade; Depressão; úlcera Venosa; Quality of life; Anxiety; Depression; Venous ulcer
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181992

As úlceras venosas ativas afetam 0.2-1% da população total e geralmente têm um curso prolongado de cura e recidivas frequentes. Devido a sua natureza recorrente e ao longo tempo entre a abertura e a cura, as úlceras venosas apresentam um grande impacto econômico e social com uma influência negativa na qualidade de vida do paciente. Além disso, sabe-se que ansiedade e depressão são recorrentes em pacientes com úlcera venosa. Objetivo: comparar a qualidade de vida e os sintomas ansiosos e depressivos antes e após diferentes tipos de tratamentos minimamente invasivos para a úlcera venosa. Método: Ensaio clínico randomizado que teve como intervenções a terapia endovenosa a laser, a ablação endovascular por radiofrequência e a escleroterapia com microespuma em comparação ao grupo controle. A amostra foi composta por 124 indivíduos. Os instrumentos utilizados para avaliação da qualidade de vida e dos aspectos psicológicos foram o Venous Leg Ulcer Quality of Life Questionnaire (VLU-QoL) e a Escala de Ansiedade e Depressão (HADS). A interação técnicas versus momentos foi feita através da Análise de variância, seguida do teste de Tukey ajustado para o delineamento em medidas repetidas. A associação entre momentos e categorias dos escores da HADS foi avaliada pelo teste Qui-quadrado de tendência. Para as correlações foi usado o teste de Pearson. Resultados: Todas as técnicas refletiram melhora da qualidade de vida ao longo do tempo de avaliação, porém a ablação endovascular por radiofrequência foi a técnica que trouxe aumento da QV em menor espaço de tempo, tanto no escore geral, quanto na análise realizada por domínios. Enquanto o grupo controle foi o que mais tardou para apresentar evolução da QV, comparada com as demais intervenções, mesmo exibindo diminuição das médias no decorrer do estudo. Não foram demonstradas diferenças estatisticamente significativas de efeito do tratamento da UV nos sintomas ansiosos e depressivos e a porcentagem da amostra que apresentou valores indicativos de ansiedade e depressão foi baixa comparada a estudos similares. Ademais, foi constatada correlação positiva entre os escores da VLU-QoL e as pontuações da HADS, indicando que sintomas ansiosos e depressivos estão associados a pior qualidade de vida.