Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vasques, Andréia Lopes Pacheco [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182217
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Resumo: |
A pesquisa focaliza os modelos de formação docente presentes em sete cursos de Primeira Licenciatura em Pedagogia do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor) de diferentes regiões brasileiras. Essas propostas híbridas de formação, criadas no âmbito da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica (BRASIL, 2009), apresentam ao mesmo tempo elementos da formação inicial e continuada, impondo o desafio de se propor uma formação que atenda às necessidades de professores que já atuam nos anos iniciais educação básica, mas que ainda não possuem a formação em nível superior preconizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996). Buscouse, mais especificamente, identificar e caracterizar as condições institucionais, os dispositivos de formação e as concepções de prática, saberes e experiência docente que oferecem sustentação a esses cursos voltados a professores que já atuam no magistério. Tais propostas emergem em um contexto em que a profissionalização do ensino tem sido indicada como caminho para o desenvolvimento de professores mais bem preparados para lidar com os diversos desafios da atividade docente. Os discursos que assumem destaque nesse cenário ressaltam a necessidade de um modelo profissional de formação fundamentado em uma nova epistemologia da prática docente, cujos pressupostos tem suas bases em um paradigma que se impõe a partir da necessidade de superação da racionalidade técnica historicamente dominante nos processos formativos dirigidos aos professores. Entretanto, a implementação de tal perspectiva requer o estabelecimento de relações bastante estreitas entre as instituições formadoras e o trabalho docente realizado nas escolas, o que não tem sido contemplado pela forma universitária de socialização culturalmente presente nos modelos de formação inicial e continuada dos professores no país. A pesquisa foi realizada por meio de estudo documental, que envolveu procedimentos da análise de conteúdo focalizando fontes oficiais, técnicas e instrucionais; e por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas com sujeitos diretamente envolvidos na organização dos cursos focalizados. O estudo revelou que as propostas de formação analisadas são fortemente marcadas por elementos da forma escolar e da forma universitária de socialização. Tal configuração produz importantes tensões para a produção de uma formação profissional, que atenda as necessidades formativas dos professores em exercício. A superação dessa situação requer a constituição de uma cultura profissional de formação de professores situada no espaço de intersecção entre o campo de trabalho e a universidade. |