Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Patrícia Villela e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153653
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Resumo: |
A obesidade é um problema mundial de saúde pública associada ao aumento do risco de síndrome metabólica, dislipidemia, entre outras comorbidades. Entre os fármacos utilizados no tratamento de pacientes obesos estão as estatinas, como a rosuvastatina e sinvastatina, as quais reduzem os níveis séricos de colesterol, precursor de testosterona, e os agentes inibidores de recaptura de neurotransmissores, como a sibutramina e a bupropiona, utilizados na redução do peso corpóreo. Estudos anteriores relataram efeitos adversos da exposição isolada a estes fármacos sobre parâmetros reprodutivos masculinos. Considerando a exposição de pacientes obesos a estatinas e inibidores da recaptura de neurotransmissores, o presente estudo objetivou investigar os efeitos da co-exposição à rosuvastatina e sibutramina, bem como a co-exposição à sinvastatina e bupropiona, sobre os parâmetros reprodutivos em ratos adultos. Para isso, foram realizados dois experimentos. No primeiro experimento, ratos adultos (90 dias) alocados nos grupos controle (salina e dimetilsulfóxido), rosuvastatina (5 mg/kg de rosuvastatina), sibutramina (10 mg/kg de sibutramina) e rosuvastatina associada à sibutramina (n = 26-28/grupo) foram tratados via oral por 70 dias. No segundo experimento, ratos adultos (70 dias) alocados nos grupos controle (água destilada), sinvastatina (50 mg/kg de sinvastatina), bupropiona (30 mg/kg de bupropiona) e sinvastatina associada à bupropiona (n = 20/grupo) foram tratados via oral por 52 dias. No primeiro experimento, o tratamento com rosuvastatina, isolado ou associado à sibutramina, resultou em hiperplasia nas células claras do epidídimo. A exposição à sibutramina, isolada ou associada à rosuvastatina, resultou em redução do consumo alimentar, do peso corpóreo e de órgãos reprodutores, dos níveis séricos de testosterona e aumento do índice de espermatozoides com gota citoplasmática, comparado aos grupos controle e rosuvastatina. As reservas e o tempo de trânsito espermático pelo epidídimo também foram reduzidos nesses grupos, sendo potencializados pela co-exposição aos fármacos. Não foi observado alteração na morfologia testicular, na morfologia e motilidade espermática, bem como na expressão da enzima 3β-HSD, porém, a co-exposição resultou em atraso na ejaculação e redução do potencial fértil após acasalamento natural, comparado aos grupos controle e rosuvastatina, sugerindo possível sinergismo entre os fármacos. No segundo experimento, todos os grupos experimentais apresentaram redução nos níveis de testosterona sérica e intratesticular, comparado ao grupo controle. Alteração na motilidade espermática e redução da síntese de testosterona pelas células de Leydig foram observadas no grupo tratado com sinvastatina. A exposição à sinvastatina, isolada ou associada à bupropiona, resultou em hiperplasia de células claras no epidídimo e aumento no índice de espermatozoides com gota citoplasmática. Não foi observado alteração no peso dos órgãos reprodutores, na morfologia espermática, na morfologia e morfometria testicular, bem como na expressão da enzima 3β-HSD, porém, a co-exposição resultou em redução do potencial fértil, sugerindo possível sinergismo entre os fármacos. Considerando que ratos apresentam maior eficiência reprodutiva comparada a humanos, os resultados obtidos nos dois experimentos podem indicar riscos reprodutivos em homens co-expostos a estatinas e inibidores de recaptura de neurotransmissores. |