Microdiagrama do fascínio por assassinos em série: práticas midiáticas e subjetividades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vaz, Glaucia Mirian Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154476
Resumo: Dado o levantamento da fortuna crítica e da circularidade dos estudos pautados em uma explicação psicologista do fascínio por assassinos em série, esta pesquisa se pauta na compreensão do fascínio como construção discursiva que se dá em práticas midiáticas contemporâneas (mídia jornalística, mídias sociais e franquias culturais). Esta tese tem como objetivo geral traçar um diagrama da relação de forças entre esses diferentes suportes midiáticos. Isto decorre em três objetivos específicos, a saber: positivar as regularidades de surgimento de um regime de enunciados que forma sistematicamente o fascínio por assassinos em série no elemento de um arquivo; evidenciar as regras que incidem na configuração do discurso do fascínio partindo da análise do modo como a mídia jornalística nacional constrói o criminoso célebre e de como as mídias sociais o enunciam como ídolo; evidenciar as regras de emergência do assassino em série como objeto de consumo materializado em produtos de entretenimento como séries de televisão. Pautada na Análise de discurso francesa com a perspectiva arqueogenealógica de Michel Foucault, esta tese visa evidenciar uma ordem discursiva do olhar sobre o assassino em série, ordem esta que remete a uma subjetividade consumidora dessas visualidades/dizibilidades. O corpus é composto por séries enunciativas cuja materialidade é imagética e verbal, formuladas em sistemas de distribuição que vão desde a materialidade dos diferentes suportes como a magazine impressa Veja e o jornal O Estadão, passando pelas postagens na fanpage Assassinos em Série do Facebook até o material publicitário da série Dexter e da cinematografia da série Hannibal. Por fim, esta tese apontou a necessidade de refletir sobre o modo como consumimos a nós mesmos, como sujeitos, já que nos subjetivamos por meio de estratégias midiáticas cuja finalidade é mercadológica. Isso implica refletir sobre a subjetividade pelo viés das práticas consumidoras.