Gestão de desenvolvimento de produtos para a economia circular: uma pesquisa multimétodo no cenário brasileiro

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Pinheiro, Marco Antonio Paula
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Desempenho da empresa; Desenvolvimento de novos produtos; Design sustentável; Sustentabilidade; Firm’s performance; New product development; Sustainable design; Sustainability
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202316

São várias e recentes as pesquisas apontando o desenvolvimento de produtos circulares (DPC) como fator relevante para se atender aos princípios da economia circular (EC). Apesar disto, sabe-se que a adoção do DPC em empresas de manufatura ainda é limitada. Soma-se a isso o fato de que são recentes os esforços de pesquisa que buscaram sistematizar o DPC e, ainda, não foram encontrados estudos que relacionassem este conceito com o desempenho das firmas. Assim, este estudo visa preencher esta lacuna, aprofundando o conhecimento em um contexto de complexidade e tendência, sobre a compreensão do DPC e as suas relações com as tecnologias da indústria 4.0, e stakeholders envolvidos; bem como investigar as suas influências no desempenho das firmas. Para isso, além de revisão sistemática e de conteúdo da literatura, foi realizado estudo de dois casos, sendo um em empresa de biodiversidade e outro em empresa de infraestrutura. Por fim, uma pesquisa quantitativa do tipo survey no setor de Equipamentos Eletroeletrônicos (EEE) foi realizada, na qual a técnica Partial Least Squares (PLS) da Modelagem de Equações Estruturais (SEM) foi adotada para a análise dos dados coletados. Dentre os resultados apresentados nesta tese de doutorado, destaca-se primeiramente o desenvolvimento e teste do constructo DPC, o qual não foi encontrado na literatura. Considerando a validação das hipóteses, identificou-se a maior relação presente entre as tecnologias da indústria 4.0 e o DPC, com destaque para big data, internet das coisas, computação em nuvem e inteligência artificial. A pressão de stakeholders também se mostrou importante, na qual atores como a cadeia de suprimentos, mercado consumidor e governo são os mais relevantes neste contexto. Ainda, foi confirmado que a adoção do DPC pode influenciar positivamente os desempenhos ambiental e de mercado das empresas, nos quais os indicadores mais sensíveis são a diminuição na geração de resíduos sólidos e o aumento da competitividade, respectivamente.