Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinho, Renata Haddad [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192035
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Resumo: |
Considerando-se a ampla utilização de coelhos em pesquisas que potencialmente causam dor e desconforto, a negligência no tratamento da dor e a ausência de ferramentas capazes de avaliar adequadamente a dor nesta espécie, o presente estudo objetivou desenvolver e validar uma escala de dor aguda pós-operatória em coelhos (RPBS). Cinquenta e oito coelhos foram filmados durante estudos prévios dos quais 28 foram submetidos à ostectomia parcial de rádio, 14 à ovariosalpingohisterectomia (OSH) e 16 à orquiectomia. As filmagens ocorreram nos momentos: basal (antes da cirurgia); dor (momento de maior dor esperada, após a cirurgia); analgesia (após o resgate analgésico – apenas para os animais submetidos à cirurgia ortopédica) e 24h (24 horas após a cirurgia). Elaborou-se a RPBS com base em comportamentos identificados pelo etograma dos animais submetidos à cirurgia ortopédica e descritos na literatura para coelhas submetidas à OSH. Os comportamentos foram avaliados por um comitê de especialistas (avaliação de conteúdo) e a seguir procedeu-se à avaliação dos vídeos por quatro observadores encobertos quanto aos momentos, que respondiam, após a observação dos vídeos, se eles indicariam resgate analgésico, pontuavam a RPBS e as escalas numérica (EN), descritiva simples (EDS) e analógica visual (EAV). Um mês após a primeira avaliação, os vídeos foram novamente aleatorizados e reavaliados. Após as avalições, a escala foi refinada e validada. A RPBS foi considerada unidimensional por conter auto-valor e variância aceitáveis apenas na primeira dimensão pela análise de componentes principais. A confiabilidade intra e interobservador para a somatória da escala (ICC) foi muito boa (>0,80) para todos os avaliadores. A escala foi responsiva quando se comparou o momento basal ao momento dor, embora sua somatória não tenha apresentado diferença entre os momentos dor e analgesia. Por meio da correlação de Spearman, observou-se alta correlação da RPBS com a EN (0,86), EDS (0,84) e EAV (0,84) e correlação item-total adequada (>0,3). A consistência interna foi considerada excelente (coeficiente α de Cronbach >0,80). Determinou-se a pontuação ≥3 da somatória da escala como ponto de resgate analgésico (Youden index), com área sob a curva >0,90 para todos os avaliadores, o que evidencia alta capacidade dicriminatória da RPBS. As pontuações 2, 3 e 4 se apresentaram dentro da zona de incerteza diagnóstica. Classificou-se os escores como dor de baixa intensidade (1 a 4); intensidade intermediária (5 e 6) e intensidade alta (≥ 7). Concluiu-se que a escala proposta apresenta validade de conteúdo, critério e constructo, responsividade e confiabilidade para avaliar dor aguda em coelhos submetidos a cirurgias de tecidos moles e ortopédicas. O ponto de corte e a classificação das pontuações servem como balisamento para a administração de analgésicos a coelhos submetidos a procedimentos dolorosos. |