Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Belli, Maíra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194109
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Resumo: |
A escala multidimensional para avaliação de dor da UNESP-Botucatu (EMAD U-B) é um instrumento validado, demonstrando validade, confiabilidade e sensibilidade. Entretanto, a escala ainda possui algumas limitações pois não foi testada em grupo controle ou placebo negativo e seu uso foi específico para ovariohisterectomia, além de ser uma escala longa e dificultar uma abordagem rápida para seu uso na rotina clínica. Este estudo teve por objetivo preencher essas limitações, validando clinicamente a escala original e sua versão curta (UCAPS) para diversas condições que cursam com dor clínica e pós operatória de cirurgias ortopédicas e de tecidos moles. Além disso, comparou-se ambas com outro instrumento validado, a escala multidimensional de dor de Glasgow para felinos (CMPS-Feline). O estudo foi composto por 52 gatos, sendo dez clinicamente saudáveis e sem dor (grupo saudável – controle) e 42 com dor (20 – grupo clínico e 22 - grupo cirurgia, sendo 12 cirurgias ortopédicas e dez cirurgias de tecidos moles). Os gatos do grupo saudável foram avaliados a cada 30 minutos, por 2 horas, os do grupo cirurgia foram avaliados antes da cirurgia e a cada hora até 6 horas após. Avaliou-se o grupo clínico imediatamente antes e 20 minutos após a analgesia. Três avaliadoras presenciais aferiram a dor primeiramente pelas escalas analógica visual (EAV), numérica (EN), descritiva simples (EDS), nesta ordem, seguido da UCAPS, EMAD U-B e a CMPS-Feline em ordem aleatória para cada animal. Para o grupo cirurgia realizou-se resgate analgésico quando o escore da UCAPS era ≥4. Caso o escore fosse abaixo de 4 pontos e o animal demonstrasse desconforto, o resgate analgésico era feito. Para o grupo clínico, todos os animais receberam resgate. A confiabilidade interobservador baseada no coeficiente intraclasse da UCAPS e EMAD U-B foi boa (> 0,77), exceto para a UCAPS entre o avaliador 3 e os demais, que foi moderado (0,68 e 0,72). A correlação da UCAPS com a EMAD U-B foi muito forte (correlação de Spearman 0,85) e a correlação destas com a CMPS-Feline foi forte (0,77 e 0,78, respectivamente). Todas as escalas demonstraram validade do constructo, tanto para responsividade caracterizada pelos maiores escores dos gatos com dor clínica e pós-operatória em relação ao grupo controle, segundo o teste de Mann-Whitney, quanto na redução dos escores após o resgate analgésico, de acordo com o teste de Wilcoxon A sensibilidade e especificidade da UCAPS foi boa (>80%) e a especificidade da EMAD foi moderada (72%). Conclui-se que a UCAPS e a sua versão original, EMAD U-B, são ferramentas que apresentam validação clínica confirmada pela reprodutibilidade, validades de constructo e critério concorrente, sensibilidade e especificidade, para avaliar dor em gatos submetidos a diversas causas de dor clínica e pós-operatória de cirurgias ortopédicas e de tecidos moles. |