Sonata n.1 de Dinorá de Carvalho: aplicação de ferramentas analíticas como processo de planejamento da performance

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Marina Figueira da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236750
Resumo: A Sonata n.1, ‘Quedas de Iguaçú’ (1974) de Dinorá de Carvalho, é uma obra atonal para piano solo que não foi escrita numa forma sonata convencional pois está dividida em dez seções contrastantes: A, Tema B, Brilhante, Scherzo, Cadência para mão esquerda, Fuga, Dolente, A e B modificados e Coral. Devido a vários aspectos da escritura musical desta obra, como ausência parcial de barras de compasso, poucas notações de articulações e dinâmicas, vimos a necessidade de uma pesquisa que nos trouxesse mais informações de como interpretar e planejar a performance da obra. Sabendo a importância musical e histórica da compositora Dinorá de Carvalho, apesar de haver poucas pesquisas relacionadas a ela, a presente dissertação propõe uma interpretação musical da partitura da Sonata n.1 visando a performance da obra. Fundamentamos todos os procedimentos empregados nesta pesquisa com a Teoria da Formatividade de L. Pareyson, uma teoria estética de fundo hermenêutico, que foca no processo do fazer e interpretar a obra de arte: explica o processo formativo de cada uma das possíveis etapas que o artista e/ou intérprete pode passar no seu processo formativo, seja como etapa de projeção da obra formada ou como reflexão da individualidade de cada interpretação. Apresentamos o contexto histórico e musical vivido pela compositora, destacando suas mudanças de estilo, de uma escritura predominantemente nacionalista (tonal e modal) para a atonal. Elaboramos uma edição crítica fundamentada em Figueiredo (2013) e Grier (1996 e 2001) da obra devido às divergências entre as fontes consultadas. Nossa análise musical traz informações que direcionam a performance da obra, com a abordagem fundamentada por: Caplin (1998), Berry (1986) e Rosen (1988) em seu aspecto formal e fraseológico; Berry (1987), Kostka (2006) e Lester (2005) no aspecto textural; Straus (2016) e Forte (1973) nos apectos melódico e harmônico. Ainda incluímos comparações de seções da Sonata n.1 com obras anteriores da compositora. Por fim, discorremos e expomos nossas decisões performáticas por meio de texto escrito, de uma edição de performance e de uma gravação áudio visual da obra, fundamentadas por Pareyson (1993) e Gabrielson (1999).