Dialetos em contato: acomodação dialetal por migrantes baianos habitantes da cidade de Bauru, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelo Augusto Junqueira de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193044
Resumo: Esta dissertação trata do processo de Acomodação Dialetal na fala de migrantes baianos que moram na cidade de Bauru, São Paulo. A variável linguística em foco foi a realização de (-r) em coda silábica: se retroflexa, como na realização de Bauru, ou aspirada, realização tipicamente dos falares da região Nordeste do Brasil (NASCENTES, 1953); os apagamentos não foram considerados nesta pesquisa. Como está inserido no campo da Sociolinguística, foi fundamental que o estudo fosse pautado nas reflexões sobre Variação de Mudança Linguísticas (LABOV, 2008[1972]; WEINREICH; LABOV; HERZOG 2006[1968]) e sobre a Teoria da Acomodação (GILES; TAYLOR; BOURHIS, 1973) e Acomodação Dialetal (TRUDGILL, 1986). Foram analisadas as falas de 12 migrantes, que passaram por entrevista sociolinguística em que constavam respostas a uma ficha social, respostas a perguntas sobre o processo de migração, leitura de um pequeno texto e leitura de lista de palavras. Após a extração, os dados foram rodados na plataforma R, que proveu dados estatísticos quanto às seguintes variáveis associadas a eles: sexo/gênero, escolaridade, estilo da fala, idade do falante no momento da entrevista, idade do falante quando chegou a Bauru, há quanto tempo o falante está na cidade, contato com baianos, a atitude com relação à cidade, posição de (-r) na palavra e contextos fônicos precedente e seguinte. As análises apresentaram que as variáveis atitude, idade, escolaridade, estilo da fala, contato com baianos, tempo em Bauru, idade de chegada e contexto fônico seguinte foram fatores determinantes no processo de acomodação dialetal, isto é, provocaram ou inibiram a realização da forma inovadora para esses migrantes: a variante retroflexa; já as variáveis sexo/gênero, posição de (-r) na palavra e contexto fônico precedente não se mostraram significativas para explicar esse processo.