Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Thais Emilia de Campos dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193215
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Resumo: |
O conceito de Intersexo é complexo e está em constante construção. Em uma primeira aproximação, refere-se a variações reais biológicas que o ser humano pode ter. É compreendido como uma diversidade de condições, nas quais as pessoas apresentam características “entre os sexos” ditos biológicos macho e fêmea. Essas características se observam nos aspectos reprodutivos, genitais e genéticas. Os Intersexos são pessoas que não se encaixam na concepção conservadora de sexo binário masculino ou feminino, antigamente conhecidas como hermafroditas. Sua prevalência é significativa, pois representa cerca de 1,7% da população. Porém, a existência na condição Intersexo é questionada em uma sociedade binária, na qual, desde a vida fetal, há a escolha de apenas dois gêneros: menino ou menina.Em função dessa situação, questiona-se como se dá a educação da pessoa Intersexo, que é um sujeito biologicamente não-binário, numa sociedade que associa sexo biológico a gênero. Desse modo, esta tese tem o objetivo geral de conceituar, contextualizar e levantar os apontamentos de pessoas Intersexo e seus conviventes, seus posicionamentos sobre ser Intersexo, suas demandas sobre educação geral e escolarização. Tem como objetivo específico o levantamento e a análise de cartilhas/guias de orientação para pais sobre Intersexo e DDS (Diferenças do Desenvolvimento do Sexo) já publicadas, com o intuito de pensar a intersexualidade e educação, especificamente na orientação sobre educação para pais e educadores de crianças e adolescentes Intersexo através de cartilhas/guias. O método da pesquisa adotado configura-se num estudo de caso com abordagem quali-quantitativa. Para isso, foram utilizadas entrevistas com pessoas Intersexo, pais, professores, psicólogos e médicos, além da pesquisa bibliográfica, análise de cartilhas/guias de orientação sobre Intersexo e sobre DDS. Também foram realizados levantamentos de dados em congressos, conferências, eventos, assim como, levantamento de documentos oficiais e reportagens. Com a análise dos resultados, foi possível levantar oito temas de demandas trazidas nos relatos que direcionaram as considerações finais da tese. Uma educação para desenvolver a autonomia e o empoderamento para a tomada de decisões, ou seja, para a autodeterminação das pessoas Intersexo é apontada como fator que diminuiria a vulnerabilidade das pessoas Intersexo e não apenas temas informativos sobre Intersexualidade. |