Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Marra, Larissa Galdiano da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256218
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Resumo: |
Neste trabalho, investigamos as crenças e as atitudes linguísticas de discentes de Letras de uma universidade pública da cidade de Uberaba-MG acerca dos usos de empréstimos estrangeiros no português brasileiro. A motivação da pesquisa deu-se a partir da ascensão dos estudos da sociolinguística e das crenças, atitudes e percepções linguísticas no Brasil, bem como pelos debates criados a partir do projeto de Lei nº 1.676/1999 do deputado Aldo Rebelo que “dispõe sobre a promoção, a proteção, a defesa e o uso da Língua Portuguesa”, cujo objetivo é legislar sobre o uso de estrangeirismos no Brasil. O trabalho tem como objetivo geral, portanto, realizar um levantamento de crenças e atitudes linguísticas dos estudantes de Letras de uma universidade pública de Uberaba-MG sobre o uso de empréstimos estrangeiros no Português Brasileiro (PB). Ademais, os objetivos específicos são: a) Observar como os alunos julgam recursos linguísticos como empréstimos estrangeiros no PB; b) Desenvolver um teste de crença e atitude linguística que consiga diagnosticar não só o que os estudantes de Letras julgam sobre o uso de empréstimos estrangeiros no PB, mas também realizar a comparação dessas impressões dos alunos que recentemente ingressaram nos cursos com os que estão concluindo a graduação em Letras. Para isso, elaboramos e aplicamos um teste subdividido em três partes - perfil social, questões sobre crenças e questões avaliativas -, que foi aplicado via Google forms. Antes de aplicarmos a versão final do teste, realizamos uma versão piloto junto a dois graduandos e, após ajustes, reformulamos algumas partes do teste de crenças e atitudes linguísticas e o aplicamos a alunos dos anos iniciais e dos anos finais da graduação em Letras de uma universidade pública de Uberaba-MG. Por meio da análise das respostas obtidas via testes de crenças e atitudes, conseguimos observar que existe a consciência dos discentes sobre o que são empréstimos estrangeiros. No entanto, ainda é bastante atribuído por eles o uso dos termos estrangeiros relacionados a situações de mais descontração, menos formalidade e em contexto de menor monitoramento linguístico. Além disso, notamos que as crenças e as atitudes dos discentes, grosso modo, não necessariamente alteram-se no decorrer do curso, devido ao fato de não trazerem um preconceito propriamente dito, mas sim, atribuírem o uso de empréstimos estrangeiros a situações de menor monitoramento. Ademais, os discentes não são contrários aos usos dos estrangeirismos, apesar de atribuírem o uso a situações de maior autonomia linguística. Por essas razões, cremos que as reflexões analisadas possam contribuir nos estudos das crenças linguísticas e também no ensino de língua portuguesa nas vertentes variacionistas, visto que o público-alvo trata-se de futuros professores, e que as propostas como a de Rebelo, que revelam crenças equivocadas sobre a língua, têm como objetivo repudiar esses dois processos linguísticos. |