Papel modulador do raloxifeno durante a carcinogênese prostática em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinho, Cristiane Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181762
Resumo: A capacidade de progressão do câncer de próstata para uma fase não-responsiva às terapias de privação androgênica traz à luz a importância do estudo de tratamentos adjuvantes. Pesquisas recentes apontam receptores estrogênicos como possíveis alvos terapêuticos em neoplasias, podendo ser modulados por fármacos como o Raloxifeno, atualmente utilizado na prevenção do câncer de mama e tratamento da osteoporose. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os potenciais efeitos histoprotetores e antiproliferativos da terapia com Raloxifeno, durante a carcinogênese prostática. Para isso, 34 ratos Fisher 344 machos foram inoculados com o carcinógeno MNU (15 mg/kg) na cápsula dos lobos ventral e dorsolateral e receberam doses subcutâneas de cipionato de testosterona, duas vezes por semana, durante 220 dias, processo aqui denominado de Indução de Carcinogênese. Posteriormente, foram divididos em dois grupos experimentais para o período de Tratamento: grupo Raloxifeno, recebendo 10 mg/kg de peso corpóreo/dia de Raloxifeno diluído em 0,2 ml de óleo de milho durante 30 dias consecutivos; grupo Induzido, recebendo somente 0,2 ml de óleo de milho (veículo) durante 30 dias consecutivos. Outros 10 animais pertencentes ao grupo Controle receberam veículo duas vezes por semana por 220 dias para simular o processo de Indução e, posteriormente, durante 30 dias consecutivos para simular o período de Tratamento. Após a eutanásia, o sangue e as próstatas ventral e dorsolateral foram coletados para dosagem hormonal, análise histopatológica das lesões, quantificação de mastócitos, picrossirius (fibras colágenas) e imunomarcação para AR (receptor de andrógenos), α-actina e Ki67 (índice de proliferação). O protocolo de Indução foi capaz de aumentar a proliferação celular, induzir o aparecimento de lesões pré-malignas e malignas, comprometendo a camada muscular lisa periacinar e a distribuição estromal de fibras colágenas em animais Induzidos, enquanto o tratamento com Raloxifeno foi responsável pela redução desses padrões. A imunorreatividade ao AR mostrou-se mais homogênea nos grupos Controle e Raloxifeno nos dois lobos prostáticos, com maior discrepância no grupo Induzido, devido à presença dos diferentes tipos de lesões. O grupo Raloxifeno apresentou os menores níveis de testosterona sérica. Esses resultados mostraram um papel protetor do Raloxifeno sobre o microambiente prostático, atenuando as alterações que se acumulam durante o processo carcinogênico.