Biogeografia da saúde: distribuição espacial dos vetores e o complexo patogênico da leishmaniose tegumentar americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Casagrande, Baltazar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153978
Resumo: Introdução: Esta tese apresenta uma contribuição para o entendimento da produção social da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). Particularmente, a tese aborda questões concernentes à trajetória das doenças vetoriais, como as leishmanioses, que possam estar sendo transformadas com a supressão de áreas florestadas pela expansão da monocultura da cana-de-açúcar, neste caso com destaque para o problema da LTA, que tem como vetor os flebótomos. Objetivo: O objetivo geral foi estabelecer relações entre a diversidade, a distribuição espacial de flebotomíneos, a produção do Espaço Geográfico e a saúde da população, caracterizando o Complexo Patogênico da Leishmaniose Tegumentar Americana. Metodologia: Sendo assim, utilizamos os conhecimentos geográficos de Biogeografia, revisão de literatura, tanto sistemática quanto narrativa, levantamentos de campo e trabalhos laboratoriais e análises estatísticas. Resultados: Foram realizados no total 30 levantamentos de campo e capturados 2171 exemplares de flebotomíneos distribuídos entre os Fragmentos da Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto, Água Sumida, 72 exemplares com sete espécies diferentes e Ponte Branca, 52 exemplares com 11 espécies diferentes e no estreito de baixo do Parque Estadual do Morro do Diabo, 2044 exemplares com 13 espécies diferentes. Em todos dos casos apresenta maior diversidade em áreas preservadas e menor diversidade em áreas colonizadas. Foram mapeados diferentes meios geográficos coexistindo a área em questão, sendo eles áreas florestais (meio natural), passando por área rural com assentamentos de reforma agrária e fazendas de pecuária extensiva (meio técnico), além de fazendas de agricultura canavieira (meio técnico científico-informacional). Discussões: É evidente que a atividade do cultivo da lavoura canavieira modificou o perfil epidemiológico da LTA na região do Pontal do Paranapanema entendido a partir de um Complexo Patogênico. Isso porque a implantação da atividade canavieira dá novos rumos ao modelo de cultivo no campo e isso interfere na dinâmica ecológica desta doença afetando a população local. Assim, esse estudo resultou em uma nova caracterização da área de estudo, espacialização dos vetores na região, no estabelecimento do Complexo Patogênico da LTA e na delimitação de um campo de pesquisa denominado de “Biogeografia da Saúde”. Conclusão: Esses resultados contribuem para a evolução dos conhecimentos geográficos, formação dos alunos de geografia e também para o fortalecimento da vigilância em saúde.