Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Marques, Ana Elisa Zuliani Stroppa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136225
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Resumo: |
A manutenção da postura ortostática revela um comportamento inerente ao ser humano, de oscilação postural. Essa contínua oscilação, fornece input vindo da área plantar, para ativação do sistema nervoso central, que resulta em ajustes na manutenção da postura em equilíbrio. O aumento na ativação muscular é uma importante estratégia para suprir a instabilidade, sendo o músculo trapézio superior (TS) um importante marcador de controle postural. No idoso as estratégias de manutenção da postura ficam comprometidas, o que aumenta o risco de quedas e compromete a mobilidade funcional. Assim, entende-se que a qualidade do apoio plantar pode auxiliar a população idosa na manutenção da postura em equilíbrio e menor necessidade de ativação muscular. O objetivo desse estudo foi verificar o efeito da manobra de mobilização miofascial plantar na área de apoio dos pés, bem como a implicação das variações do suporte plantar em postura ortostática, no tempo de manutenção das posturas, no equilíbrio, na mobilidade funcional, na ativação do músculo trapézio superior de idosas. Foram recrutadas por triagem, 28 idosas saudáveis, com 69,03 ±3,32 anos, e divididas aleatoriamente em dois grupos: Manobra (GM) com 15 idosas e Sham (GS) com 13 idosas . O protocolo de manobra foi aplicado, pelo mesmo avaliador, bilateralmente com 5 repetições, divididos em duas semanas. Para o GM foi realizado deslizamentos plantar com vigorosa pressão das mãos do pesquisador, no intuito de alcançar a musculatura intrínseca do pé. No GS, a manobra foi realizada de forma suave, auxiliado por óleo de massagem, para favorecer o deslizamento na pele. A análise dos dados aconteceu em três momentos diferentes: momento antes da primeira manobra (pré), imediatamente após (pós) e no último dia de coleta (D6). Os resultados foram divididos em dois estudos. O estudo1 analisou dados de avaliação de área e de arco plantar, índice do arco plantar, tempo de manutenção na postura unipodal com olhos abertos (TAUoa) e fechados (TAUof) e o teste de mobilidade funcional – Timed Up and Go (TUG). O estudo 2 analisou dados da avaliação como área plantar, e tempo de manutenção nas posturas mais desafiadoras, ativação eletromiográfica do músculo TS no momento pré intervenção, em variações do apoio plantar e após o protocolo de mobilização. No estudo 1 houve significativo aumento, nas condições após a intervenção, somente para o GM, para a área de contato plantar em ambos os pés (F=7,577, p=0,001), no TUG (F=15,099, p<0,001), no TAUoa (F=14,592, p<0,0001) e TAUof (F=3,398, p=0,048) o que mostra efeito benéfico da técnica de mobilização miofascial plantar para o aumento de área de contato, equilíbrio e mobilidade funcional. No estudo 2 houve aumento da atividade eletromiográfica com a redução da base de apoio para os olhos abertos (F=7,456; p=0,0002) e fechados (F=23,019, p<0,0001). Nas condições olhos abertos e fechados notaram-se valores significativos (p<0,0001) para tandem e unipodal. Houve significativo aumento para o GM, para a área de contato plantar em ambos os pés (F=7,577, p=0,001) e pé direito (F=5,332, p=0,011), o tempo de manutenção das posturas desafiadoras mostrou resultados significativos no momento pós (p<0,05), no GM, para tandem complacente olho fechado e para as duas condições em unipodal; já para o D6 o as posturas em tandem rígida olho fechado e unipodal olho aberto foram significativos. Os dados da atividade mioelétrica normalizados não apresentaram significância estatística. Os resultados deste estudo apresentaram efeitos benéficos da manobra de mobilização miofascial plantar para todas as variáveis estudadas, exceto para a ativação do músculo trapézio superior após a aplicação dos protocolos de mobilização. |