Comparação do lado de preferência mastigatório com a ativação elétrica muscular e equilíbrio postural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MORAES, Klyvia Juliana Rocha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23989
Resumo: A mastigação ocorre com ciclos bilaterais alternados, com atividade muscular sincrônica e força uniforme. Assim, a presença do lado de preferência mastigatório passa a ser caracterizado por uma mastigação predominante em um lado específico, sendo descrita como preferencialmente do lado com o Ângulo Funcional Mastigatório de Planas menor (30% a mais do número de ciclos mastigatórios para o lado da preferência mastigatória, em relação ao lado oposto). Tendo em vista a íntima relação do lado de preferência mastigatória com o sistema estomatognático e estes com o sistema músculo esquelético e articular; pode-se haver um processo compensatório e adaptativo ao sistema estomatognático, resultando em alterações estruturais envolvendo o surgimento de desequilíbrios miofuncionais, podendo causar mudanças do eixo corporal. Objetivou-se de forma geral, comparar o lado de preferência mastigatório com a ativação elétrica muscular postural, postura corporal e com os deslocamentos da pressão podal e do centro de pressão em adultos jovens. De forma específica, os objetivos foram verificar se o lado de preferência mastigatório, interfere no potencial elétrico muscular postural; investigar se a presença de um lado de preferência mastigatório estabelece relação direta com a pressão podal e com o centro de pressão; e investigar se existe influência do lado de preferência mastigatório na postura corporal. Foram avaliados 55 indivíduos de ambos os sexos, com idade variando de 25 a 45 anos, com normoclusão e sem queixas e/ou restrições temporomandibulares. Os voluntários passaram por 4 avaliações: determinação do lado de preferência mastigatório; avaliação da condição postural; avaliação do potencial mioelétrico postural, além da investigação dos deslocamentos da pressão podal e do centro de pressão. Os resultados demonstraram a assimetria de ativação mioelétrica para o esternocleidomastóideo e tibial anterior em presença de preferência mastigatória, de forma significativa e uma tendência de simetria de ativação elétrica muscular para a mastigação bilateral alternada, em todas as musculaturas estudadas. Com relação à pressão podal, independente do padrão mastigatório, houve tendência de maior pressão em região posterior, coincidindo com dados de normalidade; já para o centro de pressão, seu deslocamento foi significativo, fora dos padrões normais, quando em presença da preferência mastigatória. A mastigação bilateral alternada, mostrou-se mais uma vez, homogênea, sinalizando o equilíbrio do centro de pressão. Na avaliação postural, foram encontradas maiores frequências de alterações posturais, em presença de preferência mastigatória, de forma significativa, principalmente no pilar central, representado pelo tronco; para o mesmo lado da preferência mastigatória. No entanto, existiram alterações posturais em presença da mastigação bilateral alternada, porém sem maiores frequências ou significância estatística de acometimento, sinalizando tendência de homogeneidade. Acompanhado a isto, houve maior frequência de alinhamento normal para este padrão mastigatório. É vista a importância clínica de investigação do padrão mastigatório, pois a preferência mastigatória não gera impactos apenas no sistema estomatognático, mas também, em estruturas extra-orais como musculatura postural; deslocamento do centro de pressão e no alinhamento corporal, devido principalmente ao envolvimento das cadeias musculares. Assim, torna-se mais específica a abordagem, sobre os desajustes associados ao lado de preferência mastigatório.