Papel da prolactina durante desenvolvimento prostático em ratos: avaliação da morfogênese glandular, proliferação e diferenciação das células epiteliais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Camargo, Ana Carolina Lima [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148957
Resumo: A próstata é uma glândula acessória do sistema genital masculino e, além da dependência androgênica para o seu desenvolvimento e homeostasia, é influenciada por hormônios não esteróides, entre eles a prolactina (PRL). Estudos em modelos animais demonstraram que a PRL pode atuar com efeito anabólico sobre a glândula prostática. Assim, nosso objetivo foi investigar os efeitos da modulação de PRL sobre o desenvolvimento e maturação da próstata ventral (PV) de ratos. Foram utilizados ratos machos Sprague Dawley (DPN 90) divididos em 6 grupos (n=6): Grupo controle (CT): receberam solução salina; Prolactina (PRL): Prolactina (0,3mg/kg); Bromocriptiona (BR): inibidor de PRL (0,4mg/kg). Todos os animais foram submetidos diariamente (via subcutânea) do dia pós-natal 12 (DPN12) até os DPN 21 ou 35. Os animais foram anestesiados, pesados e posteriormente foram eutanasiados. O sangue e os lobos da PV foram coletados, pesados e processados para análises morfológicas, de western blot (WB) e RT qPCR. O tratamento com PRL induziu aumento de peso corpóreo dos animais no DPN35 comparado aos outros grupos. Histologicamente houve maior acumulo de screção no lúmen e diminuição do compartimento epitelial nos grupos PRL e BR comparados ao CT no DPN35. A reação imunohistoquímica para Ki67 demonstrou aumento de células proliferativas nos grupos tratados com PRL. A quantificação de PCNA confirmou estes dados, com aumento significante no grupo PRL35. A intensidade de reação imunohistoquímica para AR foi maior no grupo PRL35. A quantificação de AR por WB confirmou esses dados. A expressão gênica do PRLR aumento no DPN21, enquanto que no DPN35 os grupos PRL e BR diminuíram, em Stat3 aumento nos grupos BR no DPN21 e 35, enquanto que Stat5 não houve diferença nos diferentes grupos. A expressão proteica de PRL aumentou no PRL21, no DPN35 diminuiu em PRL e BR, o PRLR não teve diferença entre os grupos experimentais. A quantificação proteica de STAT3 aumento nos grupos PRL e BR em ambas as idades, no STAT5 AB e prostateína aumentou nos grupos PRL em relação aos outros dois grupos no DPN35. A expressão proteica de CK18 aumentou nos grupos tratados com BR no DPN21 e 35, em NKX3.1 o aumento no PRL em relação aos outro grupo no DPN21. Nossos resultados demonstram que a modulação de PRL interfere com a morfofisiologia prostática, aumentando a resposta proliferativa e atividade secretora, em especial nos animais tratados por período prolongado. Estes dados revelam o importante papel da PRL sobre o desenvolvimento prostático.