Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bertoni, Isabela Casalecchi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256791
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Resumo: |
Enclaves fortificados são espaços privados, fechados e marcados por muros e ostensivos sistemas e segurança de acesso controlado, para moradia, lazer, consumo ou trabalho. Esta pesquisa analisa particularmente a difusão de uma dessas modalidades – os enclaves fortificados residenciais horizontais, popularmente nomeados como “condomínios fechados” – nas duas primeiras décadas do séc. XX em Bauru, município de porte médio do centro-oeste paulista. Tomou-se como hipótese que a combinação do “medo da violência urbana”, o status, a busca por homogeneização social e os atrativos do mercado imobiliário para os que comercializam e consomem esses produtos são razões determinantes para sua difusão. A lógica de insulamento altera o caráter da vida pública e produz espaços baseados na segregação, de modo que o próprio espaço construído contribui para encontros seletivos, marcados pela segregação. A pesquisa compreendeu revisão da literatura, caracterização da evolução urbana recente da cidade e coleta de dados quantitativos a respeito da localização desses empreendimentos, suas dimensões físicas, características arquitetônicas e impactos urbanísticos. Os resultados evidenciam expressiva expansão de enclaves fortificados residenciais horizontais em Bauru entre 2000 e 2020, com a implantação de 26 empreendimentos que abrigam uma parcela significativa da população local, refletindo práticas de segregação socioespacial e fragmentação urbana e moldando uma nova configuração periférica que desafia as tradicionais noções de centro e periferia. A investigação corroborou tendências observadas em muitas cidades contemporâneas, nas quais a segregação socioespacial desafia as definições convencionais e redefine as dinâmicas urbanas com notável protagonismo do mercado imobiliário na produção do espaço urbano. |