Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Émerson Henrique da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/258714
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Resumo: |
Com base na Análise do Discurso de linha francesa (AD), nosso objetivo é analisar o ethos do discurso do ex-presidente da república Jair Messias Bolsonaro (2019-2022), durante a pandemia de COVID-19, procurando identificar como esse ethos contribuiu para disseminar certos estereótipos sobre o modo de ser e de agir de Jair Messias Bolsonaro (doravante, Bolsonaro) em relação ao enfrentamento da pandemia de COVID-19. Desse modo, objetiva-se contribuir com os estudos discursivos que versam sobre o período de pandemia de COVID-19 e, de modo mais específico, com aqueles que investigam a adesão ao discurso de Bolsonaro. Para isso, empregam-se especialmente os postulados desenvolvidos por Maingueneau sobre ethos discursivo (Maingueneau, 2008b; 2020b) e sobre cenas de enunciação (Maingueneau, 2020a; 2020b), por Paveau sobre a análise do discurso digital (Paveau 2022) e por Amossy (2021) sobre legitimação no discurso político e, na qualidade de teoria da Linguística, mais especificamente uma vertente do Funcionalismo Holandês, os postulados desenvolvidos pela Gramática Discursivo-Funcional sobre evidencialidade (Hengeveld e Hattnher, 2015; Hengeveld e Fisher, 2018) e sobre modalidades (Hengeveld, 2004). O corpus é composto por falas públicas: (i) 10 pronunciamentos oficiais, transmitidos em cadeia nacional de rádio e televisão entre março de 2020 e dezembro de 2021 e (ii) 3.183 tuítes publicados pelo perfil @jairbolsonaro entre março de 2020 e junho de 2021. Os resultados revelam que o discurso de Bolsonaro é marcado por um discurso “negocionista”: mais que negar a pandemia, por ir contra as recomendações de médicos e cientistas, Bolsonaro preza pela continuidade da economia, do negócio “acima de tudo”, pois, para esse discurso, proteger a economia é proteger vidas. |