Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Renata de Paula dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/250913
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Resumo: |
A pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), reconfigurou a forma como as pessoas viviam em todo mundo. Os primeiros casos foram identificados na China no final de 2019, já em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou status de pandemia. Aqui no Brasil, a gestão da crise sanitária foi impactada pelo negacionismo do então presidente Jair Messias Bolsonaro. Justamente em virtude da excepcionalidade, o coronavírus tornou-se pauta prioritária no jornalismo tradicional. Às críticas à conduta do então presidente também passaram a reverberar em outros gêneros, como no humor. Diante desta postura do político e da forma como ela influenciou o enfrentamento à doença, o objetivo geral desta pesquisa é estabelecer as características do humor do Sensacionalista como mediador sociocultural do conteúdo jornalístico sobre a pandemia da Covid-19. O Sensacionalista pode ser reconhecido como um formato de destaque em seu segmento. No ar desde 2009, a página passou a abordar o tema político mais intensamente em 2014. Neste sentido, a pesquisa se estabeleceu a partir de um caráter interdisciplinar, mesclando elementos da análise do discurso (Charaudeau (2006; 2011; 2017; 2018; 2019; 2022)), à análise culturológica, a partir de Mikhail Bakhtin (2010; 2018), e à pesquisa bibliográfica. O corpus é composto por 123 postagens relacionadas à pandemia de Covid-19 com referência a Jair Bolsonaro entre 2020 e 2021, período que configura os dois primeiros anos da pandemia. Destacam-se como resultados da pesquisa, a percepção de que as manchetes satírico-ficcionais são construídas a partir de uma estética carnavalizante, na qual Jair Bolsonaro é o alvo principal. O político é representado a partir da matriz da zombaria e do rebaixamento, descrito como alguém incapaz de exercer a função para a qual foi eleito. Entre os referenciais de pesquisa, quanto à questão política contemporânea brasileira, estão: Eliane Brum (2019), Leonardo Avritzer (2020;2021), Thaís Oyama (2020), Marcos Nobre (2022). No que diz respeito ao humor, Henri Bergson (2018), Vladimir Propp (1992), Terry Eagleton (2020) e George Minois (2003). |