Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mansano, João Rodolfo Domingues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/239582
|
Resumo: |
A ivermectina (IVM) é um antiparasitário semissintético derivado da abamectina, uma das avermectinas naturais. Sua ação ocorre pela grande afinidade aos receptores de glutamato e do ácido gama-aminobutírico, encontrados no sistema nervoso central. O fígado, promove metabolização e excreção da IVM e por isso pode representar risco de toxicidade hepática. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da IVM em células de hepatocarcinoma humano (HepG2) para elucidar os mecanismos relacionados à sua toxicidade. Foram avaliadas a citotoxicidade (proliferação, viabilidade, atividade metabólica e integridade da membrana celular), a atividade mitocondrial (potencial de membrana mitocondrial e concentração celular de ATP) e o acúmulo de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (ERON). As células HepG2 foram tratadas com 6 concentrações de IVM (1; 2,5; 5; 7,5; 10 e 25 μM), com 3 repetições e avaliações após 24 h e 48 h de incubação. A IVM levou à diminuição da proliferação celular iniciando a partir da dose de 1 μM, aumentando progressivamente de maneira dose e tempo dependentes. A atividade metabólica, avaliada pelo teste de MTT também apresentou diminuição dose e tempo dependentes, iniciando a partir da dose de 2,5 μM para os dois tempos analisados. O teste de exclusão do azul de tripan mostrou diminuição da viabilidade celular a partir de 2,5 μM no tempo de 24 h e em todas as dosagens testadas no tempo de 48 h. A IVM afetou a integridade das membranas celulares em todas as dosagens testadas tanto para o tempo de 24 h quanto para 48h. Foi observada também a diminuição do potencial de membrana mitocondrial a partir da dose de 5 μM para o tempo de 24 h enquanto que no tempo de 48 h o efeito ocorreu em todas as dosagens testadas. A concentração de ATP diminuiu a partir da dose de 5 μM para o tempo de 24 h. No tempo de 48 h a diminuição foi mais intensa, iniciando a partir de 1 μM, e tornando-se máxima a partir de 7,5 μM. A IVM estimulou a produção de ERON em todas as dosagens testadas, ultrapassando 50% de aumento a partir da dose de 7,5 μM no tempo de 24 h e 5 μM no tempo de 48 h. Os resultados mostram que a IVM apresenta sinais de citotoxicidade em células HepG2, desencadeados pela diminuição da atividade mitocondrial levando à diminuição da produção de ATP e, consequentemente, diminuindo a atividade metabólica, ocorrendo sincronicamente à elevação de ERON, que desencadeia o estresse oxidativo. |