Efeitos do inseticida Diazinon em células de Hepatocarcinoma humano (HepG2)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Beretta, Eduardo Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202657
Resumo: O Diazinon (DZN) é um praguicida organofosforado extensamente utilizado na agricultura para o controle de insetos, na medicina veterinária como antiparasitário em animais de produção (mosca-do-chifre) e no controle de pragas domésticas (mosca doméstica).Existem muitos relatos na literatura de intoxicações de animais e humanos provocadas pela substância e o fígado é um dos órgãos afetados.O fígado desempenha um grande número de funções no organismo, dentre as quais se destacam o armazenamento e distribuição de nutrientes e a biotransformação de xenobióticos que ele recebe pela corrente sanguínea e sistema digestório. A biotransformação dos xenobióticos, realizada principalmente pelo citocromo P450, está associada à desintoxicação, porém ela pode representar um grande problema, pois os metabólitos produzidos podem ser altamente reativos e mais tóxicos que o composto de origem, tornando o fígado um importante alvo da toxicidade dessas substâncias. A mitocôndria é a organela responsável pela síntese da quase totalidade da Adenosina Trifosfato (ATP) necessária à manutenção da estrutura e função celular e é alvo de substâncias que podem exercer seu efeito tóxico de várias maneiras. As células HepG2 representam uma linhagem originada de um hepatoblastoma humano e têm sido utilizadas como modelo para investigação dos efeitos de xenobióticos sobre o fígado, pois apresentam características semelhantes às células de um fígado normal, além de possibilitarem o cultivo por longos períodos de tempo.Em umtrabalho recente realizado pelo nosso grupo de pesquisa foi constatado que alterações na bioenergética e na transição da permeabilidade mitocondrial estão envolvidas na toxicidade do DZN.Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi caracterizar os efeitos do DZN em células HepG2 para auxiliar na caracterização do seu mecanismo de toxicidade no fígado. As concentrações utilizadas foram de 25, 50, 75, 100, 125 e 150 µM de DZN e os parâmetros avaliados foram: proliferação celular, viabilidade celular, potencial de membrana mitocondrial, determinação dos níveis de ATP e efeito da biotransformação. Os resultados demonstraram redução da proliferação celular e atividade metabólica concentração e tempo dependentes. Houve ainda a redução do potencial de membrana mitocondrial e da concentração de ATP, também tempo e dose dependentes. A biotransformação reduziu de maneira mais acentuada a viabilidade celular indicando possível efeito tóxico do Diazoxon.