Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Karen Silvia Salles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204587
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Resumo: |
Tendo como tema central a solidariedade em estudos desenvolvidos sob o referencial da psicodinâmica do trabalho, esta tese resulta de uma pesquisa conceitual, cujo objetivo foi analisar o(s) sentido(s) inerente(s) ao(s) conceito(s) de solidariedade presente(s) em algumas obras de Christophe Dejours, por meio da leitura e interpretação de seus conteúdos. Para tanto, foram eleitas como fontes de pesquisa quatro obras publicadas no período que é considerado como a quarta fase da trajetória da psicodinâmica do trabalho. As obras eleitas foram: A banalização da injustiça social, Avaliação do trabalho submetida à prova do real, a coleção Trabalho vivo (composta por Tomo I – Sexualidade e Trabalho e Tomo II – Trabalho e Emancipação) e os três capítulos de autoria de Dejours publicados no livro Psicodinâmica do trabalho: casos clínicos. Tendo em vista ser polissêmico o conceito de solidariedade, foi realizada uma investigação a partir da historiografia científica que indicou haver dois sentidos hegemônicos na contemporaneidade, construídos ao longo da história: o de coesão/união e o de caridade/benevolência. Considerando inicialmente como termo de busca a palavra “solidariedade”, foram encontrados e considerados também como resultados válidos os termos “solidariedades” e “solidarização”, os quais foram analisados em duas etapas. A primeira, exploratória e descritiva, enfocou características como incidência, autores citados como referência e contextos em que os termos foram abordados. Quanto à incidência, foi possível identificar que embora tenham sido encontrados em todas as obras, os termos foram mais mencionados naquelas em que o autor enfatiza a dimensão social do trabalho, que são: A banalização da injustiça social e o Tomo II – Trabalho e Emancipação da coleção Trabalho Vivo. Quanto aos autores citados como referências, destacaram-se Nicolas Dodier, por ter descrito o conceito de solidariedade técnica; e, Hannah Arendt, por ter discutido o conceito de desolação. Ainda, quanto aos contextos, a solidariedade foi abordada tanto em âmbito macro quanto microssocial. A segunda etapa de análise, interpretativa e compreensiva, foi norteada pelo objetivo supracitado desta pesquisa pautada pela Análise de Núcleo de Sentidos (ANS), considerando como categorias pré-definidas os sentidos de coesão/união e o de caridade/benevolência pertinentes ao conceito de solidariedade. Para tanto, foram identificados alguns termos usados como sinônimos na literatura geral, que foram considerados como indicadores de sentidos nos textos dejourianos, além da interpretação e compreensão do conteúdo em que os achados de pesquisa estão inseridos. Esta análise mostrou que, apesar do uso dos dois sentidos, há o predomínio do sentido de coesão/união. Ademais, mostrou que o autor ressalta o caráter paradoxal do sentido de coesão/união, da mesma forma como assinalam autores tomados como referência na literatura geral. Ou seja, a solidariedade no trabalho, quando expressa como coesão, pode ser colocada a serviço do bem, fortalecendo os vínculos e contribuindo para atividades deôntica que, de forma democrática, visam a emancipação dos trabalhadores; mas, pode também ser colocada a serviço do mal, promovendo a exclusão ou o abandono de alguns, o que pode propiciar sofrimento e adoecimento mental. |