Efeitos da exposição prolongada ao bisfenol-A sobre a próstata de gerbilos adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Campos, Mônica Sousa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/116019
Resumo: A próstata não é uma glândula exclusiva do sistema reprodutor masculino sendo encontrada em diversas fêmeas de mamíferos, incluindo humanos e roedores. A fisiologia prostática é regulada por hormônios esteroides, principalmente por andrógenos e estrógenos, os quais são essenciais durante a diferenciação, crescimento e manutenção da atividade secretora da glândula. No entanto, sensíveis interferências podem predispor a glândula a desenvolver lesões ao longo da vida. A proposta desse trabalho foi avaliar a próstata de fêmeas e machos de gerbilos adultos, expostos ao disruptor endócrino Bisfenol-A (BPA) associado à testosterona durante a puberdade até a fase adulta. Para isso, machos e fêmeas com um mês de idade receberam diariamente água com bisfenol-A nas concentrações de 40?g/kg/dia e 4000 ?g/kg/dia. A droga foi diluída na água e os animais foram tratados até completarem quatro meses de idade. Aos três meses e sete dias os animais dos grupos expostos ao BPA e andrógenos receberam doses subcutâneas de cipionato de testosterona (1 mg/kg/dia) diluído em óleo mineral por um período de 21 dias. As próstatas foram coletadas para análise estruturais, citoquímicas e imunohistoquímicas. Os resultados mostraram que as próstatas de machos e fêmeas dos grupos tratados com BPA apresentaram alta taxa de proliferação celular, focos inflamatórios e crescimento hiperplásico. Nas fêmeas ocorreu uma maior ativação do receptor estrogênico alpha (ER?), enquanto nos machos uma maior imunomarcação do receptor androgênico (AR). Deste modo, pode-se concluir que a exposição ao BPA, mesmo a níveis ambientais, causa alterações morfofisiológicas na próstata de gerbilos machos e fêmeas. Esses aspectos são de grande interesse visto que é cada vez maior o número de substâncias químicas relatadas na literatura 8 capazes de alterar e predispor a glândula prostática a desenvolver patologias na vida adulta ...