Vulnerabilidade ambiental à processos erosivos lineares no setor centro-sul do município de Mirante do Paranapanema - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nishizima, Mariana Lopes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204812
Resumo: As transformações sociais e econômicas ocasionadas nos ambientes urbanos e rurais têm adquirido maior repercussão em virtude das modificações aceleradas da paisagem. Neste sentido, o relevo se destaca por ser a superfície que possibilita a existência da vida, permitindo a interação entre as dinâmicas da natureza e da sociedade. Nele, ocorrem os processos morfodinâmicos e morfogenéticos, responsáveis pela formação e esculturação do relevo. Atualmente, são visíveis as dinâmicas da sociedade interpenetrando e/ou se sobressaindo sobre às dinâmicas da natureza, tais questões ambientais, assumem importância em vários campos do conhecimento, sobretudo na ciência geográfica. Neste aspecto, o trabalho tem como objetivo principal compreender a morfodinâmica do relevo; relacionado às características que determinam e influenciam no índice da vulnerabilidade ambiental a processos erosivos lineares de parte do município de Mirante do Paranapanema – SP, uma vez que não abrange todo limite municipal, e engloba parte dos municípios vizinhos, logo diz respeito ao setor mais à centrosul do município em questão, ressaltamos aqui que a vulnerabilidade ambiental refere-se à processos erosivos lineares, portanto, sulcos, ravinas e voçorocas. Para a elaboração dos documentos cartográficos, fez-se necessário o uso de geotecnologias, Sistemas de Informação Geográficas – SIG, Imagens de Satélites e softwares como: Arc Gis 10.6.1, Quantum Gis 2.16, informações de dados geográficos (shapes) do IBGE, Imagens dos satélites: ALOS/PRISM; SRTM; Sentinel; e Landsat 8, para o Balanço Hídrico o software Excel, e o uso da Técnica do Processo Analítico Hierárquico – AHP para a elaboração dos mapas finais de Vulnerabilidade Ambiental à Processo Erosivos Lineares. A inter-relações dos elementos naturais: geomorfologia, curvatura do terreno, declividade, esboço simplificado dos solos, temperatura da superfície e índice de vegetação (NDVI); bem como, os aspectos sociais: ocupação e uso do solo, cruzados entre si, e mediantes determinados pesos definidos com base em referencial bibliográficos e trabalhos de campo, a partir do olhar técnico dos geógrafos envolvidos na presente dissertação, possibilitou a elaboração dos mapas de vulnerabilidade ambiental à processos erosivos lineares, dos meses de março e junho de 2016, diz respeito aos períodos de maior umidade (chuvosos) e de seca (estiagem) da superfície da área estudada. Tais resultados auxiliaram, enquanto ferramentas para a espacialização dos fenômenos geomorfológicos, no aprofundamento dos estudos sobre o tema erosão na região do Pontal do Paranapanema - SP. Por fim, observou-se que os diferentes níveis de vulnerabilidade ambiental a processos erosivos lineares, em condições climáticas: secas e/ou úmidas, estão diretamente relacionadas aos usos da terra, interconectados aos tipos de relevo, de solos, de cobertura vegetal e dinâmica de ocupação histórica pelos grupos/indivíduos sociais. Nesse sentido, foi possível notar que há diferença de intensidade na vulnerabilidade ambiental à processos erosivos lineares em dois períodos do ano. Na estação do verão, em março, apresentou a maior presença da classe “moderadamente estável”, principalmente em áreas com pequenos produtores rurais, como nos assentamentos localizados em relevos de colinas amplas com topos planos e vertentes extensas e retilíneas com Latossolos. Já na estação do inverno, em junho, há o aumento das classes de “médio; moderadamente vulnerável e vulnerável”, especialmente nas áreas onde ocorre o plantio de cana-de-açúcar. O mesmo nível de vulnerabilidade elevada ocorre no setor norte com solos exposto e rasos, topos ondulados das colinas, vertentes côncavas e declivosas.