Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Schuchmann, Rafaela Kava |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215016
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Resumo: |
Objetivou-se com o presente estudo estimar parâmetros genéticos e fenotípicos em bovinos da raça Nelore (Bos taurus indicus) entre características de eficiência alimentar (CAR: consumo alimentar residual e IMS: ingestão de matéria seca) e de comportamento ingestivo (FR: frequência de refeição; MDR: média da duração da refeição; MCR: média de consumo por refeição; DR: duração da refeição; CR: critério de refeição; e TXC: taxa de consumo). Além disso, objetivou-se entender se o comportamento ingestivo do animal influencia na eficiência alimentar e verificar se as medidas de comportamento podem ser preditivas para CAR e IMS. Foram utilizados registros fenotípicos de 4.840 animais, com uma idade média de 13,5±4,15 meses. Os animais foram testados para eficiência alimentar entre os anos de 2011 e 2018 em 39 fazendas localizadas em quatro regiões brasileiras. O banco de dados contendo as informações de pedigree de 58.374 animais foi disponibilizado pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP, Ribeirão Preto, Brasil). A estimação dos componentes de (co)variância foi realizada em análises multi- características através da metodologia da máxima verossimilhança restrita. Foram estimadas as herdabilidades e correlações genéticas e fenotípicas entre todas as características de eficiência alimentar e comportamento ingestivo. As estimativas de herdabilidade foram de 0,24±0,01 (CAR), 0,30±0,01 (IMS), 0,63±0,01 (FR), 0,47±0,01 (MDR), 0,24±0,02 (MCR), 0,75±0,01 (DR), 0,49±0,01 (CR) e 0,87±0,00 (TXC). A DR apresentou as maiores correlações genéticas e fenotípicas estimadas com CAR (0,60±0,02 e 0,67±0,01, respectivamente) e fenotípica com IMS (0,78±0,01). Entre as características de comportamento ingestivo, a maior correlação genética foi observada entre MDR e DR (0,87±0,01) e fenotípica entre MCR e MDR (0,88±0,01). As características que tiveram melhor eficiência relativa de seleção com CAR foram CR, FR, MCR e DR, sendo DR a característica de eleição devido a sua estimativa de herdabilidade alta e maior correlação genética com CAR. Para IMS, os resultados indicaram que a resposta à seleção direta para essa característica foi superior a seleção indireta através das características de comportamento ingestivo. Concluiu-se que o comportamento ingestivo tem alta influência na eficiência alimentar dos animais e, portanto, pode ser incluído em programas de melhoramento genético. Além disso, as características de comportamento ingestivo também podem ser utilizadas para predizer o CAR e IMS, diminuindo os custos com mensuração e facilitando a identificação de bovinos da raça Nelore superiores para eficiência alimentar. |